Gigante global da indústria de motocicletas, a Honda prevê crescimento na demanda mundial até o fim da década. A fabricante japonesa projeta avanço da ordem de 20% até 2030, do atual patamar de 50 milhões para 60 milhões de unidades.

A aposta leva em conta particularmente o desempenho de mercados do chamado “Sul Global”,  países do sudoeste da Ásia, cujo maior o mercado é a Índia,  e das América do Sul e Central, o Brasil dentre eles.

As projeções foram reveladas nesta terça-feira, 28, no Japão, por Minoru Kato, principal executivo mundial das Operações de Motocicletas, divisão que conta com 37 fábricas em 23 países e que têm capacidade produtiva instalada de 20 milhões de motos por ano.

A marca encerrará seu atual ano fiscal em em 31 de março  com vendas próximas de 20,2 milhões de unidades, perto de 40% do mercado mundial. Somente o mercado asiático, responderá por 85% do total. Japão, Europa e Estados Unidos devem absorver outros 6%.

O Brasil tem papel relevante nas vendas globais da fabricante japonesa. Só em 2024, aponta levantamento da Fenabrave, a Honda acumulo quase 1,29 milhão de licenciamentos.

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Se hoje a marca detém 40% das vendas globais de motos e scooters, não esconde que, embalada pela demanda crescente, buscará chegar aos 50% nos próximos anos.

Para isso, aumentará automação no processo produtivo de algumas bases produtivas importantes, como a Índia, país que terá missão de exportar produtos de “maior valor” agregado para mercados como os da América do Sul, “onde as necessidades dos clientes são semelhantes às da Índia”, diz a empresa.

considerando sensível crescimento de produtos globalizados e da oferta de modelos híbridos e elétricos — a Honda quer alcançar a neutralidade em carbono até 2040.

Elétricas e flex

Outro impulso das vendas deve vir de sensível crescimento de produtos globalizados e da oferta de modelos híbridos e elétricos — a Honda quer alcançar a neutralidade em carbono até 2040.

Fazem parte dos planos da marca os lançamentos de 30 modelos elétricos em todo o mundo até 2030, quando  a empresa espera  estar negociando cerca de 4 milhões de unidades anuais.

Honda Cuv e:

A marca já apresentou 13 desses produtos, como o CUV e:, movido por duas unidades da bateria intercambiáveis e a sr vendido em 20 países, e o ICON e:, alimentado por bateria fixa. Ou a Activa e: e a QC1 exclusivamente para a Índia, que também ganhará uma nova fábrica de motocicletas elétricas  em 2028.

A tecnologia flex desenvolvida no Brasil também terá espaço na estratégia de descarbonização dos produtos da marca, mesmo em outros mercados, assegura a empresa, que já oferece o modelo  CB300F na Índia.

“A Honda oferecerá produtos adequados para a situação de cada região”, afirma nota oficial.


Foto: Divulgação

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