Maior fábrica de caminhões, Wörth será a primeira beneficiada
Centro vital de uma fábrica de veículos e, por conta disso, sempre destino de investimentos mais polpudos, a área de pintura de pintura também é alvo de preocupação das montadoras no que diz respeito à busca de menores custos e processos produtivos ecologicamente mais corretos.
Encontrar respostas para esses dois desafios tem sido missão quase que constante desde que o primeiro veículo produzido foi recoberto de tinta, há mais de um século. Volta e meia, surgem novidades, mas agora a Mercedes-Benz Trucks diz ter estabelecido um novo patamar nessa empreitada.
A tradicional fabricante de caminhões está adotando na fábrica de Wörth, na Alemanha, onde pode produzir 400 cabines por dia, processo de pintura que requer menos equipamentos e, afirma a montadora, reduz significativamente o consumo de recursos.
“A pintura é o maior consumidor individual de energia na produção. O novo processo de pintura de cabines assinala o lançamento de uma tecnologia que permite melhorar significativamente a pegada de CO2”, enfatiza a empresa.
Segundo a Mercedes-Benz, os materiais constituintes das tintas conhecidas como “ultra-high-solid” são um dos aspectos chave no novo processo.
Ele permitem a aplicação “wet-on-wet” e dispensam a secagem entre as aplicações das diversas camadas. Após a aplicação da demão de fundo, o famoso primer, as demãos seguintes de tinta podem ser aplicadas em apenas um box de pintura.
Também estão sendo adotados sistemas bem mais eficientes de aplicação que requerem muito menos tinta. O número de estações de pintura necessárias e o consumo de energia associado também são significativamente reduzidos.
Wörth contará com somente cinco boxes menores — o que economizam espaço e energia — e dois secadores em substituição às 15 estações de pintura e quatro secadores da antiga estrutura.
As novas tecnologias serão introduzidas em etapas. A conversão da cabine de pintura deverá ser concluída até 2026 sem prejuízo para a montagem de caminhões.
As mudanças integram o plano da Mercedes-Benz de fazer de Wörth, a maior fábrica de caminhões da empresa, uma vitrine de suas metas e ações ambientais. A planta tem passado, por exemplo, por adequações em várias etapas da produção para economizar energia.
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Desde 2022, assim como todas as outras instalações europeias da motnadora, a planta é neutra em carbono, com utilização, dentre várias medidas, de energia solar, eólica e hidroelétrica.
Andreas Bachhofer, diretor da fábrica de Wörth e de Produção da Mercedes-Benz Trucks calcula que com os novos recursos e processos o consumo de energia com a pintura pode cair 40% nos próximos anos.
Na planta, em operação desde 1963 e de onde já saíram 4,4 milhões de caminhões, trabalham perto de 10 mil pessoas. Além da linha de veículos a combustão, desde 2021 produz também os caminhões elétricos eActros 300/400 e, a partir de 2022, o eEconic. Já no ano passado começou a fabricar o eActros 600, opção elétrica para o transporte em longas distâncias.
Foto: Divulgação
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