Em visita à fábrica antes da cerimônia de inauguração do centro de desenvolvimento de produtos com a tecnologia híbrido-flex no Polo Automotivo da Stellantis em Betim, MG, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de percorrer a pé as instalações fabris e cumprimentar individualmente os trabalhadores que o prestigiaram na ocasião.

Deixou o discurso para o final do evento, que foi prestigiado pelo número 1 da Stellantis atualmente, o empresário John Elkann, que aproveitou a visita ao Brasil para exaltar o protagonismo do País na transição energética mundial por conta de sua matriz limpa e, em especial, do etanol.

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Lula disse estar orgulhoso de ouvir alguém como Elkann falar do País como ele falou, destacando a postura da empresa de estar sempre em contato com o governo, apoiando as ações em andamento em prol do desenvolvimento econômico e social do Brasil.

“Hoje é um dia feliz por alguns motivos”, comentou o presidente da República, citando a liberação de verba do BNDES para o centro de P&D da Stellantis, o anúncio de 1,5 mil contratações no País — com estabilidade e salários justos — e a relação harmoniosa da empresa com o governo.

Lula lembrou que quando deixou a presidência da República em 2010, o Brasil produzia 3,6 milhões de veículos, volume que caiu pela metade nos últimos 15 anos.

“Quando voltei, a situação estava tão feia que nem Salão do Automóvel tinha mais. Em reunião com executivos do setor, pedi a volta do evento, uma forma de mostrar crença no País e no crescimento automotivo. Se vocês me convidarem, estarei no salão para ver se os carros realmente melhoraram”, comentou o presidente em tom de provocação.

Ele disse ainda que quem viver até o ano que vem vai falar que a indústria automotiva brasileira voltou a crescer e voltou a ser exemplo mundial: “O Brasil não quer ser maior que ninguém, mas também não queremos ser menores. Queremos ser igual”.

Lula aproveitou a presença de dirigentes mundiais da Stellantis, fruto da união da FCA e PSA, para lembrar que em 1979, quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a região estava em greve, decidiu não comprar carros de montadoras lá instaladas e, por isso, optou por ter um Fiat 147,

“O carro foi comprado depois por um amigo e existe até hoje”, garantiu Lula.


 

Alzira Rodrigues
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