Apesar do resultado positivo, Anfavea acende sinais de alerta devido ao aumento nos custos do financiamento e operacionais
As linhas de produção de caminhões estiveram aceleradas no mês passado com a produção de 11.990 unidades, 48,9% acima de janeiro (8.041) e 17,9% superior ao volume de fevereiro do ano passado (10.162). Com a soma dos primeiros meses, as fabricantes montaram 20.011 caminhões, crescimento de 10,5% sobre o registrado há um ano (18.103)
O resultado certamente representa uma expansão importante, ainda que no primeiro bimestre do ano passado, o transportador começava efetivamente a absorver a mudança na legislação para o Proconve P8 ocorrida em 2023. Agora, apesar da variação positiva o cenário inspira preocupação.
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De acordo com Eduardo Freitas, vice-presidente da Anfavea, os volumes de agora são de uma produção já definida há alguns meses, com o efeito da Fenatran, e que também aparecem na alta do mercado.
“Há forças positivas, como o crescimento do PIB e o Agronegócio, mas o aumento nos custos do financiamento com alta dos juros, e nos gastos operacionais, com preço do diesel mais caro, muitas vezes a conta não fecha e o negócio deixa ser feito”, avaliou o dirigente durante apresentação do balanço do setor automotivo, na sexta-feira, 14.
Para Freitas, o ponto de atenção se apresenta na categoria de caminhões pesados, historicamente o motor do mercado. No primeiro bimestre, a produção ficou estável com leve alta de 0,4%, com 10.731 unidades produzidas, mas anotou queda nas vendas de 1,4% ao acumular 8.813 emplacamentos.
“A procura por caminhões existe. Por enquanto, são as categorias de leves e médios quem têm puxado o mercado. Reflexo do bom momento do varejo e do e-commerce, mas que também demandam veículos de menor valor se comparado ao do pesado. Temos de acompanhar para entender como vai evoluir.”
Foto: Alzira Rodrigues
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