A produção mundial de veículos leves crescerá lenta e gradualmente até o fim desta década. A mais recente atualização das projeções da empresa de análises S&P Global Mobiliiy indica que, dos cerca de 89,5 milhões de automóveis e comerciais leves produzidos em 2024, o setor fabricará 96,3 milhões em 2030, crescimento de 7,6%.
O levantamento baseia-se em números e projeções de sete regiões e mais de 50 países, responsáveis por 99% da produção mundial de veículos leves.
Dentre os sete grandes produtores pela empresa, somente o polo formado por Japão e Coreia, dupla que produziu 12 milhões de unidades no ano passado, deve encolher de forma significativa. A S&P projeta 10,9 milhões daqui a cinco anos, contra os 12 milhões registrados em 2024, recuo da ordem de 10%.
Em contrapartida, o Sudeste Asiático, região que inclui a Índia, tem a perspectiva de maior crescimento, saltando de 9,6 milhões de unidades para 12,8 milhões, 33% a mais índice próximo do esperado para a América do Sul, mas com números absolutos bem mais modestos.
A produção somada de, na prática, Brasil, Argentina, Colômbia e Uruguai chegará a 3,9 milhões de unidades, 900 mil a mais do que o verificado em 2024, crescimento de 30%. Para este ano, a S&P projeta 3,16 milhões e, no mias longo prazo, 4,3 milhões em 3032.
A China, maior fabricante mundial de veículos, tende a ampliar ainda mais sua vantagem sobre a segunda colocada América do Norte. A estimativa é de que o país asiático, que tirou das linhas de montagem 30,1 milhão de veículos leves no ano passado, encerrará 2030 com 32,5 milhões, 8% crescimento da ordem de 8%.
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Naquele ano, diz o estudo, México, Estados Unidos e Canadá somados não fabricarão mais do que 15,6 milhões, variação positiva de 1% sobre os 15,4 milhões consolidados em 2024.
O quadro da Europa, terceiro maior bloco produtor, não é muito distinto do que o norte-americano. Se estabeleceu 17,2 milhões de veículos fabricados no ano passado, deve chegar a 17,7 milhões daqui a cinco anos, apenas 500 mil unidades ou 3% a mais. Para este ano, porém, a S&P projeta que o bloco amargará recuo de 600 mil unidades frente ao ano passado.
Foto: Divulgação