A indústria de pneus iniciou 2025 com números negativos no mercado interno e também nas importações. As vendas de produtos nacionais caíram 6,8%, de 8,15 milhões no primeiro bimstre de 2024 para 7,6 milhões de unidades no mesmo período deste ano, enquanto as compras no exterior recuaram 5,8%, de 9,2 milhões para 8,67 milhões de unidades.
Considerando que os importados foram colocados para venda no mercado nacional, verifica-se um saldo negativo para os produtos brasileiros de 1.074.000 unidades.
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O dado positivo da indústria local é o aumento das exportações em 16,5%, de 163,2 mil para 190,2 mil pneus no primeiro bimestre deste ano. Apesar de as vendas externas terem subido e as importações caído, o setor ainda convive com déficit comercial, da ordem de US$ 113,5 milhões.
Conforme balanço divulgado nesta quinta-feira, 27, pela Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o segmento mais afetado no bimestre foi o de reposição, no qual as vendas recuaram 11,5%, de 6,17 milhões para 5,46 milhões de unidades.
As vendas de pneus para automóveis registraram queda de 10,4% no período, de 4,22 milhões para 3,78 milhões de unidades, enquanto as entregas para as montadoras caíram 3,4%, de 1,17 milhão para 1,13 milhão de unidades. No caso do aftermarket, a queda foi de 13,1% (3,04 milhões para 2,64 milhões de unidades).
As vendas de pneus para veículos de carga recuram 7% no comparativo interanual, de 1,05 milhão para 0,98 milhão de unidades). As vendas para montadoras cresceram 4,5% (278 mil para 291 mil unidades), enquanto o mercado de reposição teve queda de 11,1% (de 771 mil para 686 mil unidades).
Também foi negativo o balanço do segmento de pneus para o aftermarket, com queda de 8,6%, de 1,53 milhão para 1,40 milhão de unidades no comparativo dos bimestres.
Foto: Divulgação/Anip
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