As vendas diretas do primeiro trimestre foram decisivas para o crescimento médio de 7,1% no mercado de veículos leves como um todo. Enquanto elas aceleraram 12,4%, o varejo teve alta de apenas 2,9%.
Do total dos 517,7 mil emplacamentos de janeiro a março, 240,7 mil foram vendas diretas, aquelas destinadas a frotistas, incluindo locadoras, produtores rurais, publico PcD (pessoa com deficiência) e taxistas.
Tal volume representou participação de 46,5%, índice 2,2 pontos porcentuais acima dos 44,3% do primeiro trimestre do ano passado, quando foram encaminhados 214, 2 mil negócios diretos de um total de 483,3 mil emplacamentos no mercado de leves.
As vendas no varejo, em contrapartida, tiveram fatia reduzida de 55,7% para 53,5%, passando de 269 mil para 277 mil unidades, ou seja, crescimento limitado a 2,9%.
Em março, particularmente, as vendas diretas atingiram fatia de 50,8%, representando, assim, mais do que a metade do mercado, o que é incomum na primeira metade do ano.
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Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 3, pela Fenabrave, a entidade que representa todos os segmentos veiculares do País.
O presidente Arcelio Jr. admitiu que as promoções têm sido necessárias para gerar movimento das redes de automóveis e comerciais leves e disse, inclusive, que os concessionários reduziram margem este ano para atrair os consumidores.
Considerando o mercado como um todo, ele fala em ritmo sustentado de crescimento, “apesar dos desafios do crédito”.
Segundo a Fenabrave, o índice de aprovação de fichas de pedidos de financiamento está em 65%. A oferta de crédito registra crescimento de 25%, indicando desaceleração em relação ao índice de 30% na virada do ano, o que pode trazer reflexos nos próximos meses. O dado positivo é a queda da inadimplência de 4,7% para 4,4%.
Foto: Divulgação/Fenabrave
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