Um sinal de alerta acendeu no mercado de caminhões ao fim do primeiro trimestre com a trajetória de queda nas entregas da categoria de pesados, tradicional alavanca das vendas do segmento, com frequente participação acima de 50% no volume total.

Conforme os dados da Anfavea, no confronto entre os acumulados interanuais a principal categoria para as aplicações de longas distâncias rodoviárias começou com alta de 7,9% com 4.831 pesados emplacados, encerrou o primeiro bimestre com leve baixa de 1,4% com 8.694 unidades e termina os três primeiros meses em declínio de 7%, de 14.124 caminhões para 13.129.

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“O desempenho desenha uma tendência preocupante, afinal, há uma expectativa de safra recorde que não tem se refletido nas compras”, alerta Igor Cavet, atual diretor executivo e próximo presidente da Anfavea, durante apresentação do balanço do setor automotivo na terça-feira, 8.

“O cenário inseguro com alta nas taxas de juros, preço de commodities mesmo atrativo e aumentos nos custos operacionais têm postergado o investimento até agora.”

Embora aponte movimento de arrefecimento na categoria de pesados, o mercado de caminhões ainda trafega em terreno positivo. No acumulado até março, as 27.749 unidades emplacadas representaram alta de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado (26.480), resultado sustentado pelo crescimento nas vendas de semipesados, médios e leves, com altas de 22,3% (8.351), 14,1% (2.290) e 27,8% (2.523), respectivamente.


Foto: Divulgação Scania

Décio Costa
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