A indústria brasileira de motocicletas atua em um nicho específico de mercado nos Estados Unidos, o de produtos off-road.
Ao longo do primeiro trimestre, exportou 1,3 mil unidades para lá, o que representou 13,5% dos seus negócios externos, que totalizaram 9,6 mil unidades, com pequena alta de 2,1% no comparativo interanual.
Houve perda de participação do mercado estadunidense este ano, visto que de janeiro a março de 2024 as fabricantes brasileiras mandaram para o país da América do Norte perto de 2,2 mil motos, o que na época representou 23,4% das suas exportações totais.
“Com variações pra cima ou pra baixo, há muitos anos temos nos Estados Unidos um importador importante de motos off-road produzidas no Brasil”, informou nesta quarta-feira, 9, o presidente da Abraciclo, Marcos Bento. “O tarifaço anunciado pelo governo de Donald Trump gerou uma série de estudos entre os fabricantes brasileiros, mas ainda não temos claro qual será o efetivo impacto em nossas exportações”.
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Segundo ele, a sobretaxa de 10%, de um lado, pode impactar nas vendas do mercado estadunidense e pressionar o dólar gerando aumento de custos, o que seria negativo para os negócios brasileiros. De outro, contudo, pode gerar oprtunidades por ser um porcentual inferior ao aplicado a outros países.
“Estamos avaliando todas essas variáveis. Mas esperamos que possamos manter o volume atual ou até aumentar”, explicou Bento. “É uma equação que envolve aumento de custos versus oportunidades”.
A entidade que representa o setor de duas rodas, incluindo motos e bicicletas, divulgou balanço de março e do primeiro trimestre de 2025 nesta quarta-feira, revelando ter sido o melhor período da história do setor desde 2012.
No caso das exportações, o principal mercado é a Argentina, que comprou 4.800 motos brasileiras este ano, metade do total embarcado no trimestre. Estados Unidos é vice-líder, seguido da Colômbia (1,1 mil unidades), Paraguai (900) e México (500).
Foto: Divulgação/Honda
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