Após reunião no início da tarde com o novo presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet, e também com os vice-presidentes da entidade recém-empossados, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, confirmou que o próximo decreto no contexto do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, será o do IPI Verde.
Ele também informou que o governo estuda a antecipação das alíquotas de 18% a 22% de importação de eletrificados que entram em vigor em julho para este primeiro semestre, mas nada adiantou sobre prazo.
A entrevista concedida nesta quarta-feira, 16, coincide com a publicação do decreto 12.435 de regulamentação do Mover, anunciado na véspera pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento na fábrica da Nissan em Resende, RJ.
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O ministro garantiu que “o próximo decreto é o do IPI verde, sempre na linha de eficiência e cuidados especiais”. A ideia é ter alíquotas menores para veículos mais econômicos. Fontes do setor chegaram a revelar que esse imposto tinha sido descartado por não ter apoio do Ministério da Fazenda.
Alckmin, contudo, foi contundente sobre o tão esperado IPI Verde.
Questionado sobre a data deste decreto, acenou com a possibilidade de ser em breve ao lembrar que nas matinês de cinema de antigamente aparecia na tela, ao término da sessão, a frase “volte no domingo que vem”. Como dizem que para bom entendedor meia palavra basta, dá para se pensar em prazo de uma semana.
Com relação ao decreto 12.435 , ele fez um pequeno resumo, citando a definição de metas de eficiência energética no ciclo “tanque à roda” e redução de emissões de CO2 para veículos leves e pesados. Entre as definições, uma redução média de 12% no consumo até outubro de 2027 em relação aos veículos comercializados em 2022, índice a ser mantido até 2031.
Também foi definida a necessidade de os veículos atenderem a requisitos progressivos de reciclabilidade, estimulando o uso de materiais reutilizáveis e o correto descarte de componentes no ciclo final de vida do produto.
Com relação à segurança avançada, o texto estabelece metas de desempenho estrutural e adoção de tecnologias assistivas à direção, como sistemas de frenagem automática de emergência, controle de estabilidade, alerta de mudança de faixa e monitoramento de fadiga do condutor.
Foto: Divulgação/Agência Brasil
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