Informação foi revelada por Gonzalo Ibarzábal, presidente da montadora no Brasil: "Meta é ter 7% de participação no País".
No evento que marcou o início da produção do novo Kicks em Resende, RJ, os presidentes da Nissan do Brasil, Gonzalo Ibarzábal, e da América Latina, Guy Rodriguez, enfatizaram o momento positivo da empresa no País, com investimentos que visam tornar o complexo sul-fluminense em polo de exportação da marca para a região.
Os dois receberam o presidente da República Luiz Inácio da Silva na terça-feira, 15, que aproveitou a visita à montadora para assinar o esperado decreto de regulamentação do Mover. Na ocasião, Ibarzábal revelou intenção da montadora de ampliar produção em pelo menos 15% a partir da chegada do novo Kicks, o segundo modelo a ser fabricado em Resende.
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O executivo também falou em meta de atingir 7% de participação do mercado brasileiro, o que representaria dobrar a atual fatia de 3,7%. Mas preferiu não estabelecer data para chegar lá.
“O objetivo é ir para a capacidade máxima em dois turnos, crescendo 15%”, informou o presidente da empresa no Brasil, lembrando que a fábrica sul-fluminense tem flexibilidade para se adequar ao mercado, ou seja, o mix entre o Kicks Play e o novo Kicks será ajustado em função da demanda pelos modelos a partir da convivência conjunta deles nas concessionárias.
Em dois turnos, a fábrica de Resende produz atualmente 24 carros/hora, volume que pode chegar a 32 a partir dos investimentos no complexo para receber o novo produto. Se concretizado o projeto de alta de 15%, serão 28 unidades a cada 60 minutos.
A planta ganhou novos robôs e ampliou o índice de automação de 55% para 84%, parte do investimento de R$ 2,8 bilhões que a Nissan faz no Brasil até abril do próximo ano. Além do novo Kicks, que chega ao mercado em meados deste ano, o valor também contempla um terceiro SUV na unidade, que terá exclusividade de produção do modelo na região.
Com ele, o País se tornará um polo exportador da marca, abastecendo mais de 20 países da América Latina, incluindo o México.
Tanto Ibarzábal como Rodriguez lembraram que a Nissan cresceu acima da média do mercado nos últimos dois anos, desempenho que pretender repetir este ano com a chegada do novo Kicks.
O presidente da montadora na América Latina foi questionado sobre a invasão dos carros chineses no mercado brasileiro, se isso não pode afetar os planos de crescimento local da marca:
“Convivemos com eles (os chineses) em todos os lugares e conhecemos bem nossos concorrentes. Vamos continuar lutando para crescer como marca e mantemos a meta de atingir 7% no mercado brasileiro”, enfatizou Rodriguez.
Com relação ao tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o representante da América Latina garantiu que, apesar do recente anúncio da concentração da produção da picape Frontier no México, com encerramento de sua linha na Argentina, não há planos suplementares de mexer na estrutura produtiva da região.
Ao falar da importância da região como um todo para a Nissan, Rodriguez revelou que as operações latino-americanas respondem por 15% das vendas globais da marca e 25% da produção mundial. Também fez questão de informar que a Nissan no México é a que mais fabrica para o mercado local.
“Muitas empresas lá instaladas produzem mais para a exportação do que para os mexicanos. Não é o nosso caso. Somos líderes de vendas há 17 anos, com mais de 17% de participação”, destacou, revelando, ainda que 92% das vendas na América Latina são provenientes de carros produzidos em alguma fábrica da região.
Foto: Divulgação/PR/Ricardo Stuckert
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