No Brasil, empresa quer crescer 300% no segmento de reposição
Etapa do processo de separação do Grupo Continental iniciado no ano passado, a divisão Conmtinental Automotive acordou nesta quarta-feira, 23, com outro nome. No salão do automóvel de Shanghai, China, o grupo alemão anunciou o nome da futura empresa totalmente independente: Aumovio.
A oficialização da separação depende ainda de decisão da Assembleia Geral Anual do grupo, marcada para a sexta-feira, 25. A aprovação, contudo, é certa e em setembro a Aumovio será listada na Bolsa de Valores de Frankfurt, Alemanha.
Com o desmembramento, o conglomerado alemão pretende se dedicar a segmentos lucrativos atendidos pela Continental Pneus e ContiTech. A divisão Automotive faturou € 19,4 bilhões em 2024, quase a metade dos € 39,7 bilhões alcançados pelo grupo.
A Aumovio seguirá atuando nos atuais segmentos e produtos da Continental Automotive para veículos leves e pesados, componentes de segurança, conectividade e direção autônoma. A empresa conta com cerca de 92 mil funcionários, dos 190 mil do Grupo Continental em 55 países.
“Ganharemos muito mais agilidade e poder criativo. A Aumovio será marcada por três pilares: produtos tecnologicamente líderes, estratégia consistente de geração de valor e rede global sinérgica. Nosso objetivo é ampliar ainda mais nossa atuação em áreas de mobilidade emergente e mercados em crescimento”, diz Philipp von Hirschheydt, CEO da divisão Automotiva da Continental (foto).
No Brasil, disposição para crescer 300% na reposição
Na mesma semana em que ganhou um novo nome a agora ex-Continental Automotive apresenta diversas novidades para o mercado de reposição na Automec 2025, maior feira da indústria de autopeças da América Latina, aberta ontem e que segue até o próximo dia 26.
Mais importante até do que produtos das marcas Continental, ATE e VDO expostos no estande de 50 metros quadrados, a empresa anunciou que trabalha com meta de crescimento de suas vendas de 300% no segmento até 2028, depois de dobrar o faturamento entre 2019 e 2023.
Ricardo Rodrigues, diretor de Veículos Comerciais e Aftermarket da Continental Brasil, explica que, para isso, a empresa já tem se dedicado a um menor número de itens, algo acima de 800 — contra perto de 5 mil em passado recente —, mas que compunham até agora 90% das vendas da empresa na reposição.
O previsto aumento do portfólio ao longo dos próximos anos, boa parte dedicada a veículos leves, se dará com base em informações precisas da demanda de mercado, assegura Rodrigues. Dentre outros produtos, a empresa vê possibilidade de lançar, por exemplo, linha de baterias. “Mas importadas”, antecipa o executivo, enfatizando, porém, que se trata ainda de uma ideia preliminar.
De qualquer modo, a agora Aumovio quer diminuir substancialmente, no Brasil, a fatia do faturamento dependente do fornecimento às linhas de montagem das fabricantes de veículos, hoje na casa de 65% ante 30% das vendas na reposição. Talvez quase inverter estes índices até o 2030.
Foto: Divulgação
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