BorgWarner prepara produção de nova linha de baterias

Fornecedora das baterias NMC (Níquel, Manganês e Cobalto) para os ônibus elétricos eO500U produzidos pela Mercedes-Benz no Brasil, a BorgWarner se prepara para ter mais uma linha de baterias no Brasil em sua fábrica de Piracicaba, no interior paulista.

A empresa já testa protótipos no País das baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP), desenvolvidas em colaboração com a FinDreams Battery, subsidiária da BYD.

“Já estamos conversando com potenciais clientes no Brasil e deveremos ter produção local a partir do segundo semestre do ano que vem”, informou Marcelo Rezende, diretor geral da BorgWarner Battery Systems no Brasil, durante evento de comemoração de 50 anos da fabricante no País na noite de quinta-feira, 24.

São baterias mais acessíveis do que as da linha BMS, que entregam alta performance e excelente custo-benefício, que visam atender montadoras de veículos comerciais, incluindo vans, caminhões de todos os portes e ônibus, além de equipamentos off-road e armazenamento de energia em CarCenter, entre outros pontos.

A vida útil das baterias LFP é de dez anos em sua primeira vida útil e seu carregamento pode ser feito em 30 minutos. São quatro produtos na linha, dois de 50 kWh e duas de 100 kWh, com operações de 338 e 676 volts, respectivamente.

Para produzi-las no Brasil, a BorgWarner vai trazer as células de bateria da China para posterior montagem do equipamento completo aqui. Durante o evento de 50 anos, Rezende comentou que a empresa pretende reciclar suas baterias para que elas tenham uma segunda vida útil.

“Quando não forem mais adequadas para uso em veículos, podem ser reutilizadas para armazenamento de energia em instalações estacionárias, combinando-as com geração renovável para maior estabilidade da rede”, explicou.

Além da fábrica de Piracicaba, a empresa tem um complexo de turbocompressores em Itatiba, também no interior paulista. Também presente na festa de 50 anos, Michelle Collins, diretora global de Marketing e Relações Públicas da BorgWarner, destacou que as cinco décadas de sucesso no Brasil reforçam que a empresa está no caminho certo e conectada com seus clientes e o mercado.

“Globalmente, nosso portfólio é guiado por tecnologias que apoiam a descarbonização de veículos e, em 2023, aproximadamente 87% de nossa receita global veio de produtos que ajudam a reduzir as emissões ou viabilizam veículos com emissão zero”, revelou.

Foto: Divulgação/BorgWarner

• Sobre
• Últimos Posts

Alzira Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, iniciou a cobertura do setor automotivo em 1981 na Sucursal do ABC de O Estado de S. Paulo. Manteve-se na área desde então, passando por outros jornais e também revistas e sites.

Últimos posts por Alzira Rodrigues (exibir todos)

• Bosch vai nacionalizar mais uma etapa do ESP, com produção da ECU em Campinas - 9 de maio de 2025
• Fatia dos carros chineses atinge 6% e venda de nacionais fica estagnada - 8 de maio de 2025
• Produção de veículos avança 20% em abril e é a maior em seis anos - 8 de maio de 2025