Por George Guimarães | george@autoindustria.com.br
A Volkswagen comemorou nesta-sexta-feira, 23, seus 65 anos no Brasil. A empresa escolheu, naturalmente, a fábrica de São Bernardo do Campo (SP) para a solenidade que marcou também a produção do carro nacional número 23 milhões, um sedã Virtus. Porém, a pioneira planta do ABC, que acaba de passar por processo de modernização, já está no rol de preocupações mais imediatas da empresa. Mas motivo é bom: ocupação quase total de sua capacidade.
Operando em três turnos de trabalho desde o ano passado, a chamada Fábrica Anchieta tem produzido diariamente 1.037 veículos. Com as reformas, novos processos e aumento da automação justamente para fabricar os modernos Virtus e hatch Polo, o carro da marca mais vendido no primeiro bimestre, hoje a unidade pode produzir no máximo 1,1 mil unidades por dia.
“É o tipo de problema que eu gosto”, brinca Pablo Di Sí, CEO da empresa no Brasil e também da América do Sul, América Central e Caribe, que comemora ainda a reconquista do segundo lugar no ranking vendas e crescimento bem acima da média do mercado nos últimos meses. No primeiro bimestre, a VW viu suas vendas evoluírem 37%, contra a média de 19% registrados por todas as montadoras de automóveis e comerciais leves.
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O executivo admite que analisa ações de curto, médio e longo prazos para desafogar a produção em São Bernardo do Campo. “Estamos estudando. Podemos contratar mais trabalhadores, eliminar alguns gargalos produtivos e investir em ampliação”, admite Di Sí, que descarta qualquer hipótese de deslocar a produção de algum modelo para as fábricas de Taubaté (S) e São José dos Pinhais (PR).
O atual programa de investimentos da empresa contempla o lançamento de vinte veículos no mercado interno até 2020. Três deles, os nacionais Polo e Virtus e a picape argentina Amarok V6, chegaram às revendas nos últimos meses e o quarto é o Novo Tiguan, modelo importado do México apresentado por Di Sí durante a solenidade e que chegará às concessionárias já em abril.
O Novo Tiguan será vendido apenas na configuração de sete lugares. É o primeiro dos cinco SUVs que a Volkswagen terá no mercado brasileiro até 2020. O segundo deles, o T-Cross, será nacional, produzido em São José dos Pinhais e, a exemplo do modelo mexicano, fabricado sobre a plataforma modular MQB, a mesma de Polo e Virtus.
A fábrica paranaense, inclusive, foi paralisada no dia 16 de março para adequação das linhas para a produção do futuro SUV a partir de janeiro de 2019. A ideia é retomar ao trabalho no primeiro dia de maio.
Fotos: Divulgação/ VW/ AutoIndústria
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