Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br
Ingressar em postos de trabalho que ainda nem existem fisicamente ou visualizar protótipos de veículos que serão lançado no futuro são algumas das funções do Laboratório de Realidade Virtual inaugurado pela Volkswagen em sua fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP.
É possível ainda, segundo a montadora, andar pelo ambiente virtual da produção, segurar uma peça imaginária e, se a deixar cair, sentir o impacto no chão, como um efeito de força da gravidade. Tudo em tamanho real.
“Com o Laboratório de Realidade Virtual, a Volkswagen do Brasil atinge o estágio mais avançado em simulação de novos postos de trabalho e protótipos de veículos”, comenta o diretor de engenharia de manufatura da empresa, Celso Placeres.
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Um dos pilares da Indústria 4.0, “a tecnologia de imersão permite planejar e validar em um ambiente virtual futuras instalações, processos produtivos e novos produtos com um nível de assertividade nunca antes imaginado”, reforça Placeres. “Dessa forma, é possível tomar decisões mais rápidas, otimizar custos e aprimorar cada vez mais a qualidade dos processos e produtos”.
O planejamento virtual permite avaliar previamente interferências nos ambientes que ainda serão construídos, a ergonomia dos postos de trabalho, definir a melhor acessibilidade e disposição de equipamentos, entre outros aspectos. Como o equipamento do Laboratório de Realidade Virtual tem microfone, é possível fazer reuniões em ambiente virtual com profissionais de outras fábricas da montadora no mundo.
O novo laboratório chega para reforçar trabalho da engenharia de manufatura desenvolvido desde 2008 por meio do projeto Fábrica Digital. Ações antes desenvolvidas via computador agora ganham a também a tecnologia de imersão.
A Fábrica Digital já permitiu que a empresa evitasse inúmeros erros no processo que demandassem correções posteriores. Ao considerar apenas seis grandes projetos, implementados nos últimos cinco anos, o uso da Fábrica Digital evitou gastos superiores a R$ 100 milhões.
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Segundo a Volkswagen, a Indústria 4.0 já é uma realidade da empresa no Brasil. Dentre os exemplos práticos do uso de inteligência artificial na sua produção local, cita o “DNA do Veículo”, que consiste em um dispositivo – o Tag RFiD, Radio Frequency identification -, que armazena seu número de identificação.
Quando o veículo ou carroceria chega em cada posto de trabalho, tal número é transmitido por rádio frequência para antenas. Aí, os sistemas conversam em tempo real e buscam informações sobre qual modelo é, versão, motorização etc. Ao trocar informações, robôs e máquinas já sabem quais operações fazer.
Todas as fábricas da Volkswagen do Brasil também já trabalham com impressoras 3D, que materializam peças e dispositivos que eram apenas projeto no computador.
Foto: Divulgação/VW
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