A Toyota do Brasil será a primeira montadora no mundo a fabricar um veículo híbrido com motor de combustão interna flex a gasolina e álcool. A nova tecnologia e o novo carro sairão da linha de produção no fim do ano que vem.

Segundo a empresa, o desenvolvimento e a decisão de ter um híbrido flex “está em linha com o recém-aprovado Programa Rota 2030, que oferece previsibilidade para as empresas investirem no longo prazo no País e estabelece, dentre outras medidas, novas políticas de estímulo a veículos mais eficientes”.

A Toyota afirma que o híbrido flex “tem um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro”.

O desenvolvimento teve participação inicial também da engenharia da Toyota japonesa, além da brasileira. “Este é um marco, não só para a Toyota do Brasil, mas para toda a indústria nacional”, afirmou em nota Steve St.Angelo, CEO da Toyota para América Latina.

Consultada por AutoIndústria, a Toyota não confirmou qual será o modelo nem em qual fábrica de suas três fábricas (São Bernardo do Campo, Indaiatuba e Sorocaba) ele será fabricado. É muito provável, porém, que seja o Prius, veículo sobre o qual foi apresentado o primeiro protótipo e que serviu para testes da nova tecnologia nos últimos anos.

LEIA MAIS

→Toyota testa Prius híbrido com etanol

→Toyota investirá R$ 1 bilhão na fábrica de Indaiatuba

Montadoras aguardam benefício maior para híbrido flex

O anúncio da produção de um híbrido era dado como praticamente certo assim que  foi sancionado o Rota 2030 na última terça-feira, 11, e cujo texto garante a redução de 3 pontos porcentuais sobre os índices estabelecidos no decreto 9.442, de 5 de julho, que definiu novas alíquotas para híbridos e elétricos.

Antes da sanção, no início do mês, o presidente da AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Edson Orikassa, revelou pressão do Ministério da Fazenda para que a Presidência da República vetasse a emenda proposta por representantes dos produtores de etanol.  Orikassa, que também é executivo da Toyota, admitiu que a aprovação da emenda  contibuirá para a aprovação do projeto.


Foto: Divulgação/Toyota

ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!