A General Motors está comemorando o crescimento das vendas do Chevrolet Spin no primeiro quadrimestre. Contra cerca de 6 mil licenciamentos de janeiro a abril de 2018, este ano já foram negociadas mais de 7,3 mil unidades, avanço de 21%.
Animada com o resultado, a montadora está lançando a linha 2020 com nova a versão Premier em substituição à LTZ. Dotada do mesmo motor 1.8 de 111 cv, basicamente o ganho está no acabamento aprimorado e no nível de recursos de conforto como câmera de ré com linhas guias, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis e luz de posição diurna em LED.
Segundo a montadora, o avanço dos licenciamentos acima da média do mercado interno em 2019 se deve especialmente às recentes mudanças estéticas, na maior oferta de equipamentos e conectividade. Prova disso, aponta a empresa, seria também o aumento da fatia das versões Activ e LTZ até abril, as mais caras, que passou de 50% para 66% do mix de vendas, cabendo o restante à LS e à LT, mantidas na linha 2020 junto com a Activ.
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Rodrigo Fioco, diretor de marketing de produto da Chevrolet, afirma que essas alterações deixaram o monovolume mais atraente até mesmo para consumidores de outros segmentos, como os de utilitários. Faz até algum sentido, já que no segmento de grandcab, no qual a Fenabrve insere o Spin, são somente outros três modelos e com participações absolutamente marginais.
Kia Carnival, Citroën C4 Picasso e JAC J6 somaram 105 licenciamentos de janeiro a abril, apenas 1,4% no segmento. Ou seja, o Spin respondeu por 98,6% do total negociado.
Nada diferente do que ocorre desde o começo da década. Com exceção de modelos importados e da Citroën com seu pioneiro Xsara Picasso nos anos 2000, só mesmo a GM apostou nas grandcab. Em 2012, quando lançou o Spin em substituição ao Zafira, a montadora já detinha 82% do segmento.
Desde então essa participação sempre esteve acima dos 90% e o número de concorrentes do Spin não passou de três a cada ano, sempre importados. Mas há um importante fator não lembrado por Fioco e que favorece o Spin: as vendas diretas respondem pela maioria dos negócios do modelo. No acumulado de janeiro a abril, chegaram 5 mil unidades, 70% dos licenciamentos.
E nada deve mudar no curto prazo. Os monovolumes, grandes ou pequenos, sumiram da pauta de interesses dos fabricantes. O próprio segmento de grandcab está estagnado há ano em número de emplacamentos, mesmo com a recuperação acentuada do mercado interno. Em 2015, atingiu 25,4 mil veículos e encerrou 2018 com 25,8 mil unidades, depois de ter caído para 23,4 mil em 2016. Pouca coisa a mais do que os 20 mil veículos que atingira em 2010.
Nos últimos três anos, em compensação, as vendas de utilitários esportivos saltaram de 306 mil unidades para 512 mil. O segmento ganhou 10 pontos porcentuais de participação no bolo total do mercado interno — de 14% para mais de 24% — , enquanto as grandcab seguem na faixa de 1%.
Foto: Divulgação/GM
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