Lançado mundialmente pela Wabco no final do ano passado, o sistema anti-tombamento para veículos pesados já está sendo comercializado no Brasil. Além dessa novidade, a empresa está lançando vários outros sistemas de auxílio ao motorista, como o alerta sonoro para manter o caminhão na faixa e o de proximidade de outro veículo.
O presidente da Wabco América do Sul, Reynaldo Contreira, comenta que as novas tecnologias para o segmento de pesados são, em sua maioria, incorporadas ao sistema de freios ABS e, por isso, não têm custo elevado.
“Como todos os veículos já têm ABS, o custo das novidades de auxílio ao motorista é relativamente baixo e estamos otimistas com relação à demanda local”, explica Contreira. “O sistema anti-tombamento, por exemplo, vem tendo boa aceitação no transporte de madeira”.
A política da Wabco é iniciar a venda das novas tecnologias a partir da importação e na sequência avaliar investimentos na produção local. “Ainda tem muita coisa importada, mas temos por objetivo produzir o máximo que dá localmente”, comenta Contreira. “Sempre que um produto atinge massa crítica a gente nacionaliza. Vale lembrar que há cinco anos trazíamos ABS de fora e agora o produzimos aqui”.
No caso do alerta sonoro de faixa, que só funciona se o motorista não ligar a seta, o executivo diz que a Wabco está atuando em três frentes: fornecimento direto para a montadora, venda como acessório na rede de concessionárias e direto com o frotista.
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Contreira diz estar confiante na continuidade do crescimento do mercado de caminhões no Brasil, que estima será da ordem de 20% este ano. A produção, no entanto, deverá ficar estável por causa da queda das exportações.
A fabricante projeta uma produção de 140 mil pesados, incluindo caminhões, ônibus e CKD. A estratégia mundial da Wabco, segundo o presidente da subsidiária na América do Sul, é sempre crescer acima do mercado. “No ano passado crescemos 10% acima do mercado e esperamos desempenho similar este ano”, conta o executivo.
Segundo ele, tanto as montadoras como os implementadores têm mostrado interesse na aquisição de equipamentos ligados à segurança e, principalmente, economia de combustível.
“Há tendência local, por exemplo, de as montadoras se adiantarem à legislação que obriga que novos caminhões tenham controle de estabilidade a partir de 2022, componente que dois anos depois terá de estar em toda a linha”, complementa o presidente da Wabco.
Foto: Divulgação/Wabco
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