Alinhada com o que prometeu na Fenatran 2017, ocasião na qual anunciou investimento de R$ 120 milhões especialmente em produtos, a marca reforçou a família Tector com caminhões para 9 e 11 toneladas, o 9.190 e o 11.190. Os inéditos modelos, voltados às operações urbanas de carga, habilitam a fabricante para começar a disputar faixas do mercado em que estava de fora, além de marcar seu retorno à categoria de médios depois do fim do Vertis. Para as novidades, do montante do recurso disponível, foram destinados R$ 40 milhões.
Os novos veículos, dotados com identificação visual global da Iveco, resultam de trabalho de três anos desenvolvimento. O objetivo, como não poderia ser diferente, tinha como norte oferecer o caminhão ideal para as necessidades do caminhoneiro, especialmente o autônomo.
“Postergamos o lançamento anteriormente previsto para dezembro do ano passado para justamente termos certeza de que estávamos respondendo aos desejos do cliente”, conta Ricardo Barion, diretor de vendas e marketing da Iveco Brasil. “Rodamos com muitos modelos da concorrência e presenciamos de perto o dia a dia do caminhoneiro para entregar o caminhão que eles querem”, garante.
Segundo Barion, os novos Tector das categorias de leves e médios nascem levando vantagem sobre a concorrência que, com a saída da Ford, restam como rivais a Volkswagen Caminhões e Ônibus, com Delivery, e a Mercedes-Benz, com Accelo. Equipado com o motor FPT N45 de 190 cv, entrega o maior torque da categoria, de 610 Nm. “Com a maior curva de torque plana, reduz o número de trocas de marchas durante as operações.”
Para os novos Tector, a engenharia associou o motor a um câmbio manual de seis marchas da Eaton. No caso, a fim de proporcionar alguma vocação para as aplicações rodoviárias, a sexta marcha é do tipo overdrive, mais uma vez, segundo Barion, característica única na categoria.
De acordo com o presidente da FPT para América Latina, Marco Rangel, nos testes em comparação aos modelos rivais, os engenheiros conseguiram uma redução no consumo de combustível em torno de 4%, no caso do 9.190, e de 7%, no do 11.190.
“O N45 já é um motor consolidado, com mais de 2 milhões de unidades produzidas. Para chegar aos Tector, trabalhamos na Inteligência da eletrônica para proporcionar mais agilidade e força sem penalizar o consumo, o que acredito termos conseguido. O Tector 9.190 com 100% de sua capacidade de carga, fez média de 5,7 km/l.”
Outras características técnicas que elevam conforto também, como garante a marca, são únicas aos modelos. Casos do arranjo na suspensão da cabine ao combinar coxins e molas amortecedoras, o degrau de acesso mais baixo sem penalizar o ângulo de ataque, somente 40 centímetros de distância do piso, basculamento da cabine com sistema hidráulico, ângulo de abertura das portas de 87°, porta-objetos no teto e alavanca do câmbio instalada no painel, a exemplo dos comerciais leves da marca, o que amplia espaço interno.
“Os novos caminhões também desembarcam na rede com preço fixo para as revisões, com os menores custos por quilômetro rodado e o melhor TCO (custo de propriedade) da categoria”, garante Barion.
Os novos Tector chegam com preços a partir de R$ 155 mil, caso do 9.190, e R$ 165 mil sugerido para o 11.190. O diretor de vendas enxerga um mercado por volta de 18 mil unidades ao contabilizar os segmentos de 8 a 11 toneladas. Desta fração, Barion espera obter 10% dos negócios com as novidades. “No mix, o 11 toneladas deve puxar as vendas com 55%. Também serão os caminhoneiros autônomos, 60%, os maiores clientes para os novos produtos.”
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Atualização Tector – Com o lançamento do leve e médio Tector, a Iveco aproveitou para atualizar toda a família com a identidade visual global presente nas cabine, se estendendo dos semipesados aos pesados. Na esteira das novidades, a marca introduz uma versão do semipesado 17.300 como cavalo-mecânico, “para atender tendência de carreta de dois eixos”, justifica Barion, e simplificação na nomenclatura dos veículos, conforme o mercado nacional mais acostumado, identificando peso e potência do motor.
Foto:Décio Costa
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É estranho que esse novo tector 9.190 faz 5,7 km/l enquanto o delivery 9.170 faz 6,5 km/l
Caro José, agradecemos o contato. A informação que questiona, no entanto, foi fornecida pela fabricante do motor. Certamente serve somente como uma referência, afinal, deve se considerar diversas variantes nas operações de transporte de carga, como motorista, topografia, peso, aplicação, enfim, não se trata de uma média definitiva.
abs
Faz 6,5 andando a 80 km por hora e pisando em ovos com no maximo uns 3 mil kilos se forçar um pouquinho mais cai pra menos de 5 por litro.
Parabéns e sucesso à Iveco, atualizou bem os produtos!