As dez unidades da FCA na América Latina receberam o Selo Ouro do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) pela divulgação dos Inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE). A entidade adota a metodologia do GHG Protocol, ferramenta utilizada mundialmente por empresas e governos para quantificar e gerenciar as emissões desses gases.
A FCA conta com instalações no Brasil e na Argentina para produção de veículos, motores, transmissões, componentes e centros de distribuição de peças. Em todas elas há um indicador de CO2e para acompanhamento mensal dos resultados.
Segundo a FCA, entre 2017 e 2018 as emissões de CO2e recuaram 11% e os resultados de 2019 já superaram as expectativas. “No acumulado de janeiro a julho, a redução é de 16% na comparação com o mesmo período de 2018”, assegura Neylor Bastos, gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da FCA para a América Latina.
Esses resultados só puderam ser alcançados, diz a montadora, com a implementação de medidas em várias frentes, dentre elas a aquisição de equipamentos de alto rendimento e instalação de sistemas inteligentes de eficiência energética e automação.
A empresa tem ainda formado grupos de trabalho de funcionários para identificação de oportunidades, melhorias e desenvolvimento de projetos. Um exemplo: no Polo Automotivo Jeep, em Goiana (PE), a alteração da temperatura da água que resfria as pinças da funilaria faz com que 186 toneladas de CO2e deixem ser emitidas anualmente.
A montadora tem trabalhado também para reduzir o impacto de suas atividades e chegar ao chamado Carbono Neutro. “Para as emissões não possíveis de serem eliminadas, realizamos um plano para compensação, com o investimento proporcional de créditos de carbono”, diz Amanda Leite, analista de Meio Ambiente.
Em 2017, o Polo Automotivo Jeep foi pioneiro no setor automotivo brasileiro e, hoje, outras cinco unidades neutralizam as emissões de CO2e.
LEIA MAIS
→ Jeep conquista nível prata no WCM da FCA
→ FCA amplia seu centro de design no Brasil, agora multimarca
Uma ação nesse mesmo sentido é o investimento em programas de proteção da biodiversidade, como em Campo Largo (PR), onde uma área de 106 hectares concentra 50 espécies de plantas, 82 de aves e seis de mamíferos.
Já em Goiana, terrenos antes ocupados pela monocultura da cana-de-açúcar estão sendo reflorestados com mudas do bioma Mata Atlântica cultivadas no canteiro da própria fábrica. A meta é plantar 208 mil mudas até 2024 e criar 304 hectares de área verde e corredores ecológicos.
Fotos: Léo Lara/Divulgação FCA