Aprodução de veículos em novembro somou 227,4 mil unidades, o que representou recuo de 21,2% em relação a outubro (288,5 mil) e de 7,1% no comparativo com o mesmo mês do ano passado (244,8 mil). A indústria automotiva acumula no ano produção de 2,77 milhões de unidades, o que representa crescimento de 2,7% sobre o volume de 2,45 milhões de idêntico período de 2018.
Um dado negativo no ano é a redução do número de emprego no setor. Pegando dezembro do ano passado como base, o quadro de mão de obra foi reduzido em 3,2% – de 130,5 mil para 126,4 mil -, com o fechamento de 4,1 mil postos de trabalho. Só no mês passado foram demitidos 1,3 mil trabalhadores.
Parte dessa redução deve-se ao fechamento da fábrica da Ford no ABC paulista, que vem dispensando desde fevereiro, quando anunciou tal decisão, e finalmente em novembro encerrou as atividades de vez. Mas também pesa, segundo admite o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, os investimentos do setor na indústria 4.0, que envolve mais tecnologia na área produtiva e, consequentemente, menor necessidade de mão de obra.
Ele destaca, porém, ser importante lembrar que com o advento do carsharing, da maior demanda por carros nas locadoras e também a utilização de aplicativos como o Uber há uma importante geração de empregos indiretos na área de serviços. “Não temos como computar o total de empregos diretos e indiretos gerados pelo setor”.
No que diz respeito à produção, o desempenho negativo de novembro, explicado em parte pelo menor número de dias úteis em relação a outubro, gerou uma desaceleração do crescimento no ano, visto que no acumulado de dez meses a alta estava em 3,6%. De qualquer forma, a expansão do ano deve ficar dentro das projeções da Anfavea, que estima índice de alta de 2,1%. “Vamos ficar entre 2% e 3%”, disse o presidente da entidade nesta quinta-feira, 5, ao divulgar os dados do setor.
Enquanto a produção de automóveis e comerciais leves cresceu apenas 2,5% até novembro, com total de 2,64 milhões de unidades, a de caminhões apresenta alta de 9,5%, para 107,5 mil unidades.
Exportações – Também o mercado interno e as exportações devem encerrar o ano dentro das metas definidas pela Anfavea neste segundo semestre. As vendas internas atingiram 2,54 milhões de veículos de janeiro a novembro, volume 8,3% superior ao do mesmo período de 2018.
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As exportações, em contrapartida, seguem em queda por causa, principalmente, da crise no mercado argentino, principal parceiro comercial do Brasil. Foram embarcadas nos primeiros 11 meses do ano apenas 399,1 mil unidades, uma queda de 33,2% sobre as 597,5 mil exportadas no mesmo período do ano passado.
A retração da receita com exportações apresenta redução de 33,8%. Está em US$ 9,1 bilhões no acumulado deste ano, contra os US$ 13,8 bilhões de janeiro a novembro de 2018.
Foto: Divulgação/Renault
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