Apesar de a queda em relação ao mesmo mês do ano passado ainda ser elevada, situando-se na faixa de 40%, o mercado de veículos apresentou expressiva reação em junho no comparativo com maio deste ano. Foram emplacadas 132,8 mil unidades, crescimento de 113,6% sobre as 62,2 mil registradas no mês anterior.
O resultado ficou acima do que executivos de montadoras e também da área de distribuição vinham prevendo para o mês com base no movimento da primeira quinzena. Havia uma projeção de que o mercado dobraria, chegando perto de 110 mil unidades, mas ninguém apostava no volume que acabou se consolidando em junho.
Ainda não há clareza se a retomada do mercado após a paralisação de todas as montadoras de veículos para causa das medidas de isolamento social decorrentes da Covid-19 está sendo mais acelerada do que se esperava ou se o movimento de junho reflete vendas e emplacamentos represados em abril e maio, quando os Detrans estiveram fechados. De qualquer forma, fonte da área de distribuição definiu como sendo “um bom sinal” o desempenho de junho.
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Os números detalhados do mês passado só serão divulgados pela Fenabrave nesta quinta-feira, 2, quando então serão conhecidos os volumes específicos do varejo e das vendas diretas. Mas a tendência é de decréscimo na participação dos negócios com automóveis no atacado – o que já não ocorreria com os comerciais leves -, com aumento dos negócios feitos diretamente pelas concessionárias nesse segmento.
O ano começou com 193,5 mil emplacamentos no mês de janeiro, volume que subiu para 201 mil em fevereiro, sinalizando perspectiva de crescimento de 9% a 10% no balanço anual, como previam Fenabrave e Anfavea. Mas a partir de março o quadro mudou por conta da propagação da Covid-19 no País. Em março foram vendidos 163,3 mil veículos, volume que caiu para apenas 55,7 mil em abril e subiu ligeiramente, para 62,2 mil, no mês seguinte.
Já no começo de maio a Anfavea reviu a projeção de se atingir mais de 3 milhões de emplacamentos este ano, para um mercado de 1.675.000 unidades, o que representaria queda de 40% sobre 2019. A Fenabrave deve revisar projeções agora em julho, seguindo tradição de ajustar as metas do ano no fechamento de cada trimestre.
Resta ver agora se o desempenho de junho, acima do esperado, é mesmo um sinalizador de que a queda nas vendas não será tão acentuada como as previsões feitas em abril e maio, quando o setor paralisou totalmente operações por causa da pandemia.
Fonte: Divulgação/VW
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