Os recordes consecutivos na safra de grãos e o interesse contínuo por novas técnicas que visam ampliar a produtividade no campo têm gerado números positivos no sistema de consórcio de máquinas e implementos agrícolas.

Estudo realizado pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, mostra uma evolução de 68,2% no número de participantes nesse subsegmento, que passou de 69,5 mil para 116,9 mil de maio de 2015 até maio último. Do total, 70,6 mil ou 60,4% eram produtores rurais pessoas físicas, enquanto as jurídicas corresponderam a 31,6%, com 36,9 mil, e os prestadores de serviços, com 9,4 mil, representaram 8%.

“Com créditos praticados entre R$ 80 mil e R$ 461 mil, constata-se a relevância do consórcio nos mais diversos tipos do agronegócio, em especial para os que planejam ou pretendem comprar máquinas e equipamentos móveis e fixos de forma mais simples e econômica, com mais tecnologia embarcada e que gerem mais lucratividade”, comenta o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi.

No balanço geral divulgado mensalmente pela entidade, as  máquinas e implementos agrícolas fazem parte do segmento de veículos pesados, que também inclui caminhões e foi o que menos sofreu com a pandemina da Covid-19 este ano.

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Segundo Rossi, o avanço constante do consórcio de máquinas e implementos agrícolas apoia-se em diversos fatores. “Por se tratar de autofinanciamento, o produtor pode, a qualquer tempo, aderir a grupos em formação ou em andamento, podendo escolher os prazos e durações mais adequados às suas necessidades, com opções variadas de créditos desejados”, explica o executivo.

Na pesquisa, a taxa média mensal dos consórcios praticada foi 0,11% ou 1,33% ao ano, com prazos médios de duração de grupos em 110 meses, representando custos finais inferiores aos disponíveis no mercado financeiro. Dos créditos concedidos por ocasião das contemplações, 50,7% destinaram-se à compra de tratores de rodas e 21,7% à aquisição de tratores com esteira. Do restante, 20,3% envolveram implementos agrícolas/rodoviários e 7,3%, colheitadeiras e cultivadores motorizados.

No agronegócio, de acordo com os diversos tipos de culturas e as variações de épocas de semeadura e colheita, tanto na mono como na policultura, e ainda na pecuária, há diversas formas de pagamento das parcelas dos consórcios, incluindo pagamentos normais, pagamentos anuais por safra e quitações trimestral ou semestral.


Foto: Divulgação/CNH Industrial

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