Sem dúvida é péssimo para qualquer setor, principalmente o automotivo, operar com excesso de estoque como aconteceu no auge da pandemia este ano, quando os pátios das montadorasa e das concessionárias acumulavam o equivalente a 4 meses de vendas. Mas o oposto também não é nada bom, visto que a falta de produtos pode gerar perda de venda.

E é examente o que está acontecendo neste momento do mercado automotivo brasileiro. O estoque não para de abaixar desde  que as vendas no varejo foram retomadas e atingiu em novembro apenas 119,4 mil unidades – 21,3 mil nas montadoras e 98,1 mil nas redes de distribuição -, o equivalente a  16 dias de vendas. Em outubro o estoque era de 132,5 mil unidades ou 18 dias.

De acordo com a Anfavea, o volme de novembro é mais baixo desde março de 2004. E na época os níveis mensais de emplacamentos eram inferiores aos atuais. A entidade nem arrisca dizer quando o estoque ficou tão baixo em termos de dias de venda como o atual.

Isso significa que muitos modelos estão eapenasm falta atualmente, principalmente aqueles de maior demanda – a exemplo de lançamentos como a nova Fiat Strada – até veículos mais caros, incluindo importados. Na média, há fila de espera entre 30 a 60 dias para retirar um 0 km da concessionárias, conforme informa o presidente da Anfevea, Luiz Carlos Moraes.

O problema tem a ver com as dificuldades que o setor enfrenta para acelerar a produção brasileira, devido à falta de matérias-prima como o aço e também autopeças, principalmente as importadas.

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As vendas de veículos leves atingiram 225 mil unidades no mês passado, alta de 4,6% sobre o
mês anterior, porém ums queda de 7,1% sobre novembro de 2019. A oferta poderia ter sido maior se a indústria não estivesse enfrentando problemas com desabastecimento e o risco de até paralisar produção por falta de insumos e peças.

De acordo com o presidente da Anfavea, a falta de produtos pode se agravar ainda mais neste final de ano. “As montadoras estão administrando suas operações no dia a dia e não têm como definir algumas ações por causa das incertezas do momento”.

A princípio, segundo Moraes, a maioria programou férias coletivas para o período de Natal e Ano Novo. “Mas tudo vai depender da questão do abastecimento. Pode haver suspensão de parte das férias caso o suprimento melhore ou, no caminho oposto, extensão dos dias por falta de material parta abastecer as linhas de produção”.


Foto: Divulgação/Ford

Alzira Rodrigues
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