Por George Guimarães

Integrante do quarto maior conglomerado de petróleo e gás mundial, a Total Lubrificantes que aumentar sua relevância no mercado Brasil, onde chegou há cerca de duas décadas.  Detentora hoje de 3,5% de participação no setor automotivo, projeta 5% até 2022, incluindo aí automóveis, veículos pesados e motocicletas.

Para chegar lá, explica Olivier Bellion, diretor-geral da operação brasileira, a Total passa a atuar de forma mais intensa a partir de agora exatamente nos dois últimos segmentos. “Queremos aproveitar oportunidades para crescer aqui saindo um pouco dos nichos predominantes”, diz o executivo francês, há quase dois anos no cargo.

Embora não revele o montante, a Total tem quase metade de seu faturamento no Brasil concentrado em veículos leves, 20% nas montadoras – PSA, Renault, Nissan e Scania, em especial -, mais de 19% em outros segmentos industrial, 8% em veículos pesados e o restante dividido entre motocicletas e nos chamados ROC,  Postos de Troca de Óleo Rápida.

Bellion: avanço acima do mercado já em 2017.

No segmento de caminhões, especificamente, a ideia da Total é se aproximar das empresas de transporte, naturalmente grandes consumidoras de lubrificantes. “É um mercado em que precisamos avançar por meio de estratégias comerciais planejadas com nossos distribuidores”, diz Bellion, que  recorda que a empresa já vem obtendo avanços importantes ao registrar 5% de crescimento no acumulado de janeiro a agosto, enquanto o mercado de lubrificantes recuou 1% no mesmo período.

Outro pilar dessa estratégia desenhada por Bellion, que assegura que hoje vende aqui rigorosamente os mesmos produtos que dispõem em todos os outros pricinpais mercados dos 130 países em que a empresa está presente também com a marca Elf, é ampliar a visibilidade das duas marcas por meio de distribuidores e dos próprios ROC’s.

A Total conta hoje com 45 distribuidores para os segmentos automotivo e industrial e espera encerrar o primeiro trimestre de 2018 com pelo menos mais cinco para ter total cobertura geográfica do País, afirma o diretor-geral.

Para o caso dos ROC’s, pontos em parcerias com centros automotivos já estabelecidos em regiões estratégicas, o ritmo de crescimento esperado é ainda maior. Bellion fala em até 75 unidades em 2018, contra as atuais 46, distribuídas sobretudo em estados do Centro-Sul.

Adriana Brancale, gerente de marketing da Total, justifica a ofensiva nessas casas: “Visamos, sobretudo, aumentar a visibilidade da marca Total nas ruas. E, para isso, temos um plano agressivo. Só até dezembro devemos inaugurar outros 14 pontos”.

Os centros de troca rápida trabalham somente com automóveis, exclusividade que deve terminar em breve, assegura Adriana Brancale. A ideia, antecipa a executiva, é diversificar essas operações com atendimento também para caminhões e motocicletas.


Fotos: AutoIndústria/ Divulgação

George Guimarães
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