Por Redação
Os metalúrgicos da Chery, em Jacareí, SP, entraram greve por tempo indeterminado na manhã desta quinta-feira, 28, após assembleia realizada na fábrica. O movimento é parte da campanha salarial dos metalúrgicos de São José dos Campos e região, que reivindicam reajuste salarial de 9,2%, renovação do acordo coletivo, melhoria no convênio médico e implantação de plano de cargos e salários, dentre outros itens.
A Chery confirmou, por meio de nota, o início da greve em sua unidade fabril de Jacareí, informando que foram realizadas três reuniões entre a montadora e o sindicato, porém não houve consenso entre as partes: “A empresa segue em negociação, buscando em breve chegar a um acordo para que as atividades da produção possam ser retomadas”.
De acordo com o sindicato local, esta é a segunda paralisação na Chery em menos de uma semana. A primeira aconteceu na sexta-feira, 22, como advertência. A entidade sindical alega que apesar “de todos os seus esforços nas negociações, a direção da empresa insiste em apenas repor a inflação do período de setembro de 2016 a agosto de 2017, de 1,73%”.
Ainda segundo o sindicato, os trabalhadores da Chery também estão em luta contra a precarização do convênio médico. “Sem qualquer diálogo com os funcionários, a montadora trocou a prestadora do serviço, o que levou à queda na qualidade do benefício. Por isso, os metalúrgicos exigem o retorno do convênio anterior ou a total gratuidade do plano atual”, divulga a entidade em seu site.Com a greve, a produção da montadora chinesa, segundo a mesma nota, está 100% parada. São cerca de 400 funcionários em greve.
Acordos – Segundo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, a entidade já fechou acordos com 13 fábricas, entre elas a Avibras e JC Hitachi. Em todas os trabalhadores conquistaram reajuste acima da inflação e renovação de todos os direitos. Na Avibras, a conquista veio depois de muita mobilização, inclusive uma greve de 24 horas.
“Hoje provamos mais uma vez que o nosso movimento é forte. A proposta da Chery está muito distante da pauta de reivindicações dos trabalhadores. Além do índice econômico extremamente rebaixado, a recusa em aplicar um PCS e alterar o convênio médico mostra a intransigência da empresa. Enquanto não houver avanços, a greve continua”, disse o diretor do Sindicato Guirá Borba de Godoy Guimarães.
Foto: Divulgação/SMSJC
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