Pesquisa conjuntural do Sindipeças publicada no site da entidade indica evolução de 37,9% no faturamento líquido do setor no comparativo do primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020. As vendas para as montadoras cresceram 35,3%, enquanto os negócios no mercado de reposição tiveram alta de 44,1%. As exportações, em dólar, ampliaram-se em 14,1%.
Em março com relação a fevereiro houve aumento de 13,8%, índice que chegou a 60% sobre o mesmo mês do ano passado, quando o setor praticamente paralisou atividades a partir da segunda quinzena por conta da chegada da Covid-19 no Brasil.
Vale notar, no entanto, que março deste ano também teve problemas decorrentes da segunda onda da pandemia no País. Na ocasião, pelo menos nove montadoras suspenderam operações em diferentes fábricas para preservar a saúde dos funcionários ou atender medidas restritivas adotadas em algumas estados ou regiões.
Além disso, o terceiro mês do ano foi marcado pelo agravamento do desabastecimento no setor, a ponto de a General Motors paralisar atividades no complexo industrial de Gravataí, RS, por causa da escassez de semicondutores, medida ainda vigente e que só deve ser suspensa no próximo mês.
O próprio Sindipeças destaca em seu relatório que a última semana de março deste foi marcada por fatores sazonais e dificuldades para aquisição de insumos e matérias-primas, o que contribuiu de forma decisiva para o aumento da capacidade ociosa do setor no mês. O índice de ociosidade chegou a 33%, 10 pontos porcentuais a mais do que em fevereiro, quando o setor atingiu o seu melhor nível de ocupação.
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Com relação ao desempenho deste segundo trimestre, o Sindipeças avalia que o setor seguirá com crescimentos expressivos porque todas as montadoras desaceleram produção no mesmo período do ano passado por causa de medidas restritivas decorrentes da Covid-19.
O nível de emprego nas autopeças em março praticamente manteve o mesmo nível de abril, mas a entidade que representa os fornecedores destaca que ele vinha num crescendo por oito edições mensais. Essa recuperação, no entanto, ainda não permitiu retomar aos níveis do primeiro trimestre de 2020, reificando-se queda de 2,1% no comparativo interanual.
Foto: Divulgação/Automec 2019
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