Mais uma vez a Hyundai revisa planos na área produtiva por causa da falta de semicondutores que atinge o setor mundialmente. Ao invés de retomar operações em três turnos na segunda-feira, 12, conforme projetado anteriormente, a montadora volta a operar o primeiro turno na quinta-feira, 15, e os outros dois só daqui a duas semanas, dia 26.
Devido à escassez de componentes eletrônicos, a fábrica de Piracicaba da Hyundai suspendeu o terceiro turno no final de maio e em meados de junho a paralisação acabou sendo total. A produção do HB20 e do Creta só será retomada e ainda assim de forma parcial daqui a dois dias.
Concorrente direto do Chevrolet Onix, o HB20 vinha ganhando espaço no mercado brasileiro desde abril, quando a General Motors suspendeu a produção da nova geração do seu hatch em Gravataí, RS. Desde então as operações na fábrica gaúcha estão suspensas e a previsão para a retomada das linhas por lá é só no dia 16 de agosto.
Também a Volkswagen chegou a suspender todas as suas operações no mês passado por causa da falta de semicondutores. A Anfavea estima que só no primeiro semestre do ano deixaram de ser produzidos no País entre 100 mil e 120 mil veículos por conta do desabastecimento de autopeças.
A consequência é o reduzido estoque de automóveis nos pátios das montadoras e nas redes de concessionárias, com filas de espera que chegam a 120 dias no caso da Fiat Strada.
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No caso da Hyundai, as vendas cresceram cresceram 48% até junho, acima da média de alta do mercado, que ficou em 39% no segmento de automóveis e comerciais leves. No período, o HB20 assumiu a liderança no ranking dos carros mais vendidos no Brasil, com 45,4 mil licenciamentos, seguido do Fiat Argo, com 41,9 mil unidades comercializadas. O Onix, líder por cinco anos consecutivos, caiu para a terceira posição agora em 2021.
Foto: Divulgação/Hyundai