A Volkwagen vai retomar o segundo turno na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, a partir de 2 de março. Com isso, cerca de 1 mil funcionários que estavam em lay-off desde primeiro de novembro voltam a trabalhar na unidade do ABC paulista, onde são produzidos os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro.
A decisão de voltar a operar em dois turnos reflete, mesmo que temporariamente, a normalização do abastecimento de semicondutores, um problema que desde o início de 2021 vem afetando o setor automotivo de forma generalizada.
A General Motors ficou mais de quatro meses com a produção paralisada em Gravataí, RS, no primeiro semestre do ano passado. Recentemente a fabricante estadunidense anunciou férias um mês a partir da próxima segunda-feira, 21, só que desta vez anunciando para técnica para ajustes na linha.
Em meados de dezembro, a Volkswagen firmou acordo com os funcionários envolvendo a suspensão temporária dos contratos de trabalho (lay-off) de 1,5 mil funcionários por período de até cinco meses. Na ocasião, informou que o retorno ao trabalho de parte ou do total dos envolvidos ocorreria assim que houvesse regularização no fornecimento dos semicondutores.
Também na fábrica da Anchieta foi aberto PDV, Programa de Demissão Voluntária, para tentar uma redução de 450 empregados excedentes no quadro de mão de obra. Na operação em um turno, são cerca de 2,5 mil trabalhadores. Na virada do ano a Volkswagen estendeu o período de férias coletivas em todas as suas fábricas por causa da escassez de semicondutores. A fábrica da Anchieta, por exemplo, ficou paralisada de 20 de dezembro a 10 de janeiro.
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A falta de componentes eletrônicos vem afetando todas as marcas, mas não na mesma proporção. A Stellantis, que representa Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, foi uma das menos prejudicadas e, com isso, viu sua participação ampliada no mercado brasileiro. A Fiat passou a ocupar a liderança no ranking por marca, desbancando a General Motors que detinha o posto até 2020.
Foto: Divulgação/Volkswagen
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