Apesar de terem iniciado o ano em patamar superior ao de 2021, as exportações de autopeças seguem crescendo abaixo da evolução das importações no setor, com consequente alta do déficit comercial, que atingiu US$ 1 bilhão em janeiro e superou o resultado de igual mês do ano passado (US$ 425,2 milhões) em 137%.

“O estímulo gerado pela variação cambial nos últimos dois anos, em que a depreciação atingiu 36,2%, em média,
não tem se mostrado suficiente para impulsionar as vendas ao exterior e assim compensar o frenético avanço
das importações. Existem razões de momento e outras estruturais que explicam a situação observada”, informa o Sindipeças em seu relatório da balança comercial publicado esta semana no site da entidade.

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As importações totalizaram cerca de US$ 1,547 bilhão em janeiro, incremento de 10% sobre dezembro e de 69,4% frente a igual mês do ano passado (US$ 871,9 milhões). As exportaçoes, em contrapartida, limitaram-se a US$ 469,5 milhões em janeiro, um pequeno acréscimo de 5,1% no confronto com o mesmo mês de 2021 (US$ 446,6 milhões) e decréscimo de 20% no comparativo com dezembro.

Segundo o Sindipeças, desde março do ano passado, ou seja, há um ano, as importações têm se sustentado em um platô superior a US$ 1 bilhão. “As relações comerciais com outros países iniciaram 2022 em ritmo semelhante ao que encerraram o ano anterior”, avalia a entidade, admitindo que “o alargamento do déficit comercial no setor de autopeças é uma tendência que deve se manter ao menos pelos próximos meses”.


Foto: Divulgação/Automec 2019

Alzira Rodrigues
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