Apesar de em março as exportações de autopeças terem apresentado crescimento maior do que o das importações no comparativo interanual, no acumulado do trimestre o quadro segue diferente com alta de 51,7% no déficit comercial do setor. O saldo negativo chegou a US$ 3 bilhões ante total de US$ 1,99 bilhão no mesmo período do ano passado.
Os dados da balança comercial foram atualizados pelo Sindipeças, em seu site, nesta semana. As importações de peças automotivas alcançaram US$ 4,8 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 35,3% sobre os USR$ 3,5 bilhões dos três primeiros meses de 2021.
Já as exportações tiveram incremento bem menor, de 13,7%, passando de US$ 1,5 bilhão para US$ 1,7 bilhão no mesmo comparativo. Em março, a diferença entre as exportações (US$ 647 milhões) e as importações (US$ 1,8 bilhão) produziu déficit de aproximadamente US$ 1,2 bilhão. No mês, as vendas para o exterior cresceram 12,3% sobre o terceiro mês do anopassado e as compras lá fora tiveram alta de apenas 2,3%.
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“O avanço das importações permanece forte, o que nos parece resultar de uma antecipação de compras em razão dos problemas decorrentes da cadeia global de fornecimento, de mudanças no mix de veículos – preferência pelos modelos SUV – e de uma maior incorporação de componentes e gadgets eletrônicos nos modelos atuais”, avalia o Sindipeças em seu relatório da balança comercial.
Os principais mercados compradores de autopeças brasileiras são Argentina, Estados Unidos, México e Alemanha. Por sua vez, China, Estados Unidos, Alemanha e Japão respondem, majoritariamente, pelas compras feitas lá fora.
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Foto: Pìxabay
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