Apesar de ainda não ter divulgado os números oficiais do primeiro quadrimestre do ano, a Anfavea adiantou os dados relativos à perda de produção no período por causa da escassez de componentes e insumos. A oferta foi afetada em pelo menos 100 mil unidades, das quais 60 mil não saíram das linhas de montagem no período exclusivamente em decorrência da falta de semicondutores.
No ano passado, quando a produção ficou em apenas 2,25 milhões de unidades, essa perda foi estimada em 350 mil unidades. Ou seja, o setor poderia ter fabricado perto de 2,6 milhões de veículos e ter crescido quase 30% sobre o total de 2,014 milhões do ano anterior, quando as montadoras ficaram pelo menos dois meses paralisadas por causa das medidas de isolamento social impostas a partir da eclosão da Covid-19 no Brasil.
Para este ano, a projeção da Anfavea é de crescimento de 9,4% no volume de produção, com a estimativa de chegar a 2,46 milhões de unidades. Um número que também poderia ser maior não fosse a persistência do problema de desabastecimento da cadeia produtiva, que não se limita aos semicondutores e vem afetando – em maior ou menor grau – todas as marcas mundialmente.
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O novo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, que tomou posse nesta segunda-feira, 2, substituindo Luiz Carlos Moraes, comentou sobre a perda de produção no ano ao defender a necessidade de uma política industrial no Brasil que dê previsibilidde para as empresas planejarem suas ações locais.
Dentre componentes sem produção local que seriam importantes no contexto de toda a cadeia produtiva brasileira, citou os próprios semicondutores, que têm fabricação hoje concentrada em países da Ásia, e transmissões automáticas, que apesar da demanda local crescente ainda dependem 100% de importação.
Foto: Divulgação/GM
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