No mesmo dia em que deflagrou campanha de mídia para confirmar que vai eletrificar todos os produtos produzidos em Anápolis, GO, a Caoa Chery também começou, nesta quarta-feira, 25, processo de demissão de cerca de 480 funcionários da fábrica de Jacareí, SP, unidade que, afirma a empresa, ficará fechada por três anos para adequação da estrutura para a produção de veículos elétricos.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a fabricante comunicou aos trabalhadores, por telegrama, a rescisão dos contratos. “A entidade vai buscar nos tribunais todas as medidas para o cancelamento das demissões”, informou o sindicato em nota, lembrando que, com mediação do Ministério Público do Trabalho, ainda encaminhava negociações com a empresa.

Os trabalhadores defendem a abertura de layoff por cinco meses mais estabilidade no trabalho de três meses. Para os metalúrgicos que não quiserem aderir ao layoff, o próprio MPT sugeriu 20 salários nominais e extensão dos benefícios por 18 meses. A montadora, inicialmente, havia proposto pagar de 7 a 15 salários, a depender do tempo de casa.

Mas já na manhã da quarta-feira a própria Caoa  Chery tratou de colocar mais água na fervura ao replicar, em redes sociais, vídeo de 30 segundos exibido pela primeira vez na noite da terça-feira na TV em que imagens da fábrica goiana eram acompanhadas de áudio  que altertava:

“A  Caoa Chery larga na frente e é a primeira montadora brasileira a eletrificar todos os modelos de sua linha de produção. Isto significa mais economia, mais conforto, mais desempenho, mais tecnologia e, principalmente, sustentabilidade. Caoa Chery, uma viagem para o futuro começa aqui. Aguarde.”

A pretensão de ter somente produtos eletrificados no Brasil até o fim de 2023 já havia sido antecipada pela Caoa Chery em 5 de maio, mesmo dia em que anunciou a interrupção da produção em Jacareí e o fim do Tiggo 3x, modelo que permaneceu apenas um ano em linha, além da substituição do Arrizo 6 nacional, igulamente produzido na fábrica paulista, pelo mesmo modelo importado.

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Foto: Divulgação

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