A Toyota trouxe pela primeira vez ao País exemplos de suas capacidades no desenvolvimento de tecnologias eletrificadas que já contribuem com a redução de emissão de poluentes originada do automóvel. Além do Corolla Cross híbrido flex, de produção nacional, estão por aqui os híbridos plug-in Prius e RAV 4, o Lexus UX300e 100% elétrico e o Mirai movido a hidrogênio.
Não há previsão para os modelos serem oferecidos por aqui, mas têm agenda de compromisso com o objetivo de fomentar conversas não só a respeito das possibilidades de soluções sustentáveis ao meio ambiente, mas também de identificar oportunidades e rotas tecnológicas mais adequadas ao País.
“O processo de descarbonização tem que contemplar um caminho lógico e assertivo. Para isso é necessário falar com todos os atores envolvido, governo, academia, indústria e sociedade civil para estabelecer previsibilidade por meio de uma evolução que faça sentido”, resume Rafael Chag, presidente da Toyota do Brasil. “Os investimentos futuros não são apenas das montadoras, mas também de fornecedores.”
A fabricante entende que não há apenas uma solução para atender diferentes realidades geográficas, enquanto outras podem se mostrar inadequadas ou inviáveis.
Versões puramente híbridas, como as do Corolla e Corolla Cross, já trazem algum benefício pela assistência elétrica no congestionamento, não exige nenhum outro tipo de providência, pois a infraestrutura está pronta, mas ainda deixa pegadas pela alta dependência do motor a combustão.
O aumento do nível de eletrificação acelera a descarbonização, no entanto, exige rede de serviços robusta. As estações de recargas são fundamentais para uso de modelos 100% elétricos para garantir autonomia e, ainda assim, alguma paciência para esperar de 8 a 10 horas em um wall box ou 1 hora com carga rápida para ter 80% de energia armazenada, suficientes para rodar em torno de 300 km.
Já a tecnologia com célula de combustível, o abastecimento é bem mais rápido, alguns poucos minutos, garantindo autonomia para 600 km, como entrega o Mirai. Porém, a mesma necessidade para os 100% elétricos, o carro movido a hidrogênio precisa infraestrutura específica para abastecimentos sob alta pressão, que nem mesmo solução caseira, a exemplo de wall box, consegue dar jeito.
A Toyota espera obter sinalizações com a iniciativa que indiquem caminhos no País. As ações da empresa na rota da descarbonização, no entanto, não são novidade nas suas operações globais. A fabricante calcula mais de 160 milhões de toneladas de carbono deixaram de ser emitidas na atmosfera desde 1997 devido as inovações em seus produtos.
Atualmente, a companhia oferece 65 modelos eletrificados no mundo, 45 deles híbridos, e mais 20 milhões de unidades vendidas. No Brasil, as vendas dos Corolla híbridos flex somam mais de 40 mil unidades acumuladas nos últimos três anos, com participação entre 30% e 40% nas vendas do modelo.
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Foto: Décio Costa
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