Por Redação
A encarroçadora Marcopolo obteve receita líquida de R$ 736,8 milhões no terceiro trimestre do ano. O resultado é 4% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro, porém, a evolução foi ainda mais significativa. Foram apurados R$ 2,032 bilhões, 15,7% a mais do que nos três primeiros trimestres de 2016.
O lucro bruto da empresa no terceiro trimestre foi de R$ 112,3 milhões, contra R$ 77,8 milhões do terceiro trimestre de 2016. De janeiro a setembro chegou a R$ 283,7 milhões, 20% a mais do que os R$ 236,4 milhões do ano passado.
Francisco Gomes Neto, diretor-geral, afirma que os bons números são decorrência das ações adotadas imediatamente após o incêndio ocorrido no início de setembro na fábrica de plásticos da empresa localizada em Caxias do Sul (RS) e que teriam minimizado os impactos na produção e no atendimento dos pedidos:
“A adoção do plano de retomada, associado à utilização da metodologia Lean, contribuiu para uma recuperação mais rápida do que inicialmente previsto, com menor custo e maior eficiência”.
Por conta do incidente, a encarroçadora paralisou, em meados de setembro, a produção na unidade de Ana Rech por duas semanas e por uma semana na unidade Planalto, responsáveis por mais de 60% da produção da empresa. Apesar disso, foram fabricadas no trimestre 2.151 carrocerias, 1,4% acima do registrado nos mesmos meses do ano passado.
No dia 18 de setembro, a fábrica Ana Rech retomou a produção com seis ônibus urbanos/dia. Uma semana depois, ampliou para 12 unidades/dia, com mais seis ônibus rodoviários, e no dia 9 de outubro alcançou o volume produtivo normal, de 18 veículos por dia.
No acumulado do ano, a Marcopolo produziu 5.916 unidades no Brasil, 21,3% a mais do que nos primeiros nove meses de 2016. Em todo o mundo, a companhia fabricou 7.480 unidades contra 6.114 em 2016, crescimento de 22,3%. Também a divisão de negócios Volare viu sua produção crescer 42,2% no ano, para 1.290 carrocerias.
A receita doméstica foi destaque no terceiro trimestre: cresceu 89,2% na comparação trimestral, impulsionada pelo significativamente maior faturamento de rodoviários, 270,1% superior ao do mesmo período de 2016. Foram fabricadas 508 carrocerias para o segmento, 109,9% a mais do que em 2016, mesmo com as dificuldades geradas pelo incêncio.
A Marcopolo considera que, apesar de estar abaixo do ritmo normal, o segmento de ônibus urbanos já esboça sinais de melhora. “O processo de renovação de frotas está sendo retomado e o programa federal Refrota, que experimentou entraves burocráticos, começou a destravar os pedidos de financiamento, mesmo que de forma morosa”, pondera a fabricante.
Fotos: Divulgação
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