A Anfavea está capitaneando um momento para incentivar a produção de baterias no Brasil. A ideia é aproveitar o potencial de produção de lítio do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, para mostrar para as matrizes que uma união entre as diversas marcas que operam aqui poderia garantir escala que justificasse investimento em projeto do gênero.
Metal essencial para as atuais baterias que movem carros elétricos, o lítio, segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, é a salvação das montadoras, principalmente na Europa.
“Lá fora poucos sabem que há disponibilidade de lítio no Brasil. Nosso objetivo é incentivar a industrialização, não só criando condições para manter a que já temos como também trazendo novos projetos para o País. Ou seja, o importante seria fazermos baterias com o lítio brasileiro e não exportar esse metal para garantir a fabricação do produto acabado em outros países”, explica o exeutivo.
Leite garantiu que o assunto despertou o interesse das matrizes, já deviadamente consultadas pelas subsidiárias brasileiras: “O assunto já extrapolou nossas fronteiras, as matrizes estão participando do debate. Na reunião da semana passada com os nossos vice-presidentes conversamos longamente sobre o que queremos para o Brasil e está claro que queremos produção local. O Brasil é um país rico, tem 500 fornecedores de autopeças diretos e disponibilidade de lítio. Por que, então, não termos uma fábrica de baterias aqui?”.
Na avaliação do presidente da Anfavea, um volume em torno de 700 mil a 800 mil baterias por ano já justificaria investimento na produção local. Nascido em Minas Gerais, ele diz que a região do Vale de Jequitinhonha teria capacidade de produzir lítio suficiente para suportar tal volume em prazo relativamente curto: “Acredito que em torno de dois anos já poderíamos ter uma produção local de baterias”.
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Fotos: Pixabay/Divulgação-Anfavea
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