No mês passado, as atividades no chão das fábricas de veículos pesados apresentaram resultados opostos na programação entre os segmentos. Se por um lado, a produção de caminhões perdeu fôlego, a de ônibus avançou.

De acordo com os dados da Anfavea, apresentados na sexta-feira, 5, as linhas montagem de caminhões finalizaram 12,7 mil unidades. O volume representou baixas de 4,8% em relação a junho, com 13,3 mil caminhões produzidos, e 14% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a indústria registrou 14,8 mil unidades.

Segundo a associação que reúne as fabricantes, o recuo se deve a interrupção de produção devido à crise de abastecimento de semicondutores. Cabe lembrar, a Mercedes-Benz que no começou de julho anunciou folga coletiva e licença remunerada por ao menos 15 dias.

Com o volume de julho, a produção de caminhões acumulou nos sete primeiros meses quase 85,5 mil unidades, queda de 5,6% em relação ao apurado há um ano, de 89,5 mil caminhões.

A boa notícia vem do segmento de ônibus, o mais prejudicado pela pandemia no setor automotivo. Em julho, a indústria montou 3,1 mil chassis, alta de 4,6% sobre junho, quando anotou perto de 3 mil unidades produzida, e expressivo crescimento de 104,2% na comparação com julho de 2021, ocasião na qual somou 1,5 mil unidades.

“A produção mostrou pelo terceiro mês consecutivo patamares de 3 mil unidades”, lembrou Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea. “Como as atividades obedecem a uma programação, em poucos meses estaremos vendo crescimento mais robustos também nos licenciamentos”, observa lembrando que as vendas de ônibus seguem processo de encarroçamento antes de efetivamente surgirem nos números de emplacamentos.

No acumulado do ano até julho, a produção de chassis somou 16,4 mil unidades, volume 38,8% superior ao anotado no mesmo período do ano passado, de 11,8 mil ônibus.

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Foto: Mercedes-Benz/Diivulgação

Décio Costa
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