A partir desta quarta-feira, 21, as locadoras de veículos também poderão aderir ao programa de descontos para carros que custam até R$ 120 mil oficializado na MP (medida provisória) 1.175, de 6 de junho, pelo governo federal.
Há um mês sem comprar modelos nessa faixa de preço, a princípio em função da expectativa da edição do pacote de incentivos ao setor automotivo e depois por causa dos 15 dias exclusivos para aquisições de pessoas físicas, as locadoras prometem fechar negócios de imediato a partir do momento que puderem usufruir dos preços menores. Ou seja, a partir de amanhã.
Paulo Miguel Jr. Conselheiro Gestor da Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, admite que o programa definido pela MP 1.175 para os automóveis deve acabar assim que abrir os benefícios para as empresas do setor e demais pessoas físicas.
Os descontos durariam quatro meses, a princípio, mas já no dia da publicação da MP, em 6 de janeiro, a Anfavea adiantou que sua vigência efetiva seria em torno de um mês, considerando os descontos oferecidos e o represamento das vendas até então.
Na ocasião, o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, projetou vendas de 110 mil unidades, número que deve ser atingido já na próxima semana, segundo a previsão da Abla. “As locadoras compram 35 mil carros por mês e temos represados perto de 70 mil carros com preços até R$ 120 mil. Só estávamos comprando modelos acima desse valor”, informou Miguel Jr.
Na semana passada, dia 14, quarta-feira, o vice-presidente da República e titular do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alchmin, garantiu após participação em seminário da Anfavea sobre eletrificação que o pacote de incentivos não seria estendido.
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Na segunda–feira, 19, o MDIC soltou balanço revelando que já havia liberado crédito para as montadoras da ordem de R$ 320 milhões, ou seja, o equivalente a 64% dos R$ 500 milhões previstos na MP 1.175. O movimento do fim de semana fez a liberação crescer 88% em três dias.
Nesta terça-feira, conforme reportagem publicada no G1, Alkmin admitiu que o fim do programa de incentivo para a compra de carros 0 km ainda não está definido. “Ele avaliou que a medida é um sucesso e mostrou que redução de carga estimula vendas”, revelou o G1 após entrevista feita ao término de evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre o mercado regulado de carbono e a competitividade industrial.
Foto: Divulgação/Unidas
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