A Volkswagen mantém um Conselho de Fornecedores, com 12 participantes estratégicos, para discutir novas tecnologias que precisam ser nacionalizadas, incluindo componentes elétricos e eletrônicos, ambos de extrema importância no momento em que a empresa investe no desenvolvimento de um modelo híbrido flex movido a etanol.
As informações sobre os planos de localização da marca foram revelados pelo presidente da Volkswagen na América do Sul, Alexander Seitz, um pouco antes do início da solenidade do evento The One, que premiou os melhores fornecedores da marca, em 14 categorias, na noite da quarta-feira, 21.
O executivo explicou que há rotatividade entre os 12 participantes do conselho, mas sempre mantendo, estrategicamente, o que há de mais relevante em inovação e eletrificação. Ele não quis adiantar data de lançamento do híbrido flex no Brasil, mas garantiu ser grande o interesse dos fornecedores em participar do projeto.
Seitz voltou a defender o etanol como o melhor caminho a ser seguido no Brasil em termos de eletrificação. “Com o híbrido flex a etanol vamos chegar ao mesmo nível de emissão de CO2 de um carro 100% elétrico: “O veículo elétrico, é o futuro mas sua disseminação ocorrerá em velocidades diferentes mundialmente”.
Sobre itens a serem nacionalizados no processo de desenvolvimento do híbrido flex, lembrou que o motor a combustão da marca já contempla o uso do etanol, ou seja, é uma parte do produto já resolvida. Com relação a baterias, lembra que já tem empresas produzindo localmente, como a Moura, “que pode ser uma candidata a participar do projeto”.
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O híbrido de entrada da marca, com uso tanto de etanol como de gasolina, é parte de um estudo conjunto da VW América do Sul com a Skoda e a Volkwagen Índia, conforme havia revelado Seitz em novembro passado, na inauguração do centro de estudo de biocombustíveis e afins na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Na avaliação do presidente da Volkswagen, é mais fácil nacionalizar o motor elétrico do que os câmbios automáticos: “Esse componente é feito em larga escala no Japão, por exemplo, e o volume brasileiro não justifica investimento em localização. Pode ser que no futuro a transmissão automática venha a ser montada aqui, com uso de caixas de alumínio feitas no Brasil, mas dificilmente será uma linha 100% nacional”
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