As vendas de caminhões novos na primeira metade do ano somaram 50,3 mil unidades, volume 12,1% menor ao registrado no mesmo período do ano passado, quando os emplacamentos acumularam perto de 57,3 mil unidades. Os dados são da Fenabrave, apresentado na terça-feira, 4.

Cabe lembrar que ao longo do primeiro semestre do ano passado, o setor automotivo enfrentava a fase mais aguda da escassez de componentes nas linhas de montagem, o que provocou falta de produtos. Segundo a federação que representa os concessionários, as tensões agora têm naturezas mais econômicas em vez de logísticas.

Para o presidente da Fenabrave, Andreta Jr., o segmento sofre com juros altos e aumento da inadimplência, o que dificulta financiamentos dos novos produtos adequados às normas do Proconve P8, equivalentes ao Euro 6, veículos entre 15% e 20% mais caros.

“O mercado tem mostrado cautela para finalizar a aquisição de veículos novos em função dos preços dos produtos com a nova tecnologia”, resume em nota o dirigente.

No mês passado, as vendas de caminhões registraram queda de 2,17% em relação a maio, de 7,9 mil para 7,7 mil emplacamentos. Na comparação com junho de 2021, quando anotou 10,8 mil licenciamentos, a retração chegou a quase 29%.

Embora o segmento de caminhões também tenha sido beneficiado com o desconto tributário previsto na MP 1.175, a medida não impulsionou negócios. Segundo Andreta Jr., o transportador, principalmente o autônomo, aguarda o programa Renovar, atualmente em gestação operacional entre o governo e organizações do setor.

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