Ele ainda está bem atrás dos SUVs compactos que mais vendem, é verdade. Mas, ainda assim, é inegável a importância — e o acerto — do Pulse para as vendas e a estratégia comercial e de imagem da Fiat no Brasil.
O modelo foi o primeiro representante da marca no segmento de utilitários esportivos, o maior do mercado interno e, por conta disso, fundamental para quem deseja aparecer no topo do ranking de participação de mercado.
A Fiat encerrou 2023 na ponta mais uma vez, com 22% de participação e 475 mil licenciamentos. Mais de 18% do total de automóveis e comerciais leves vendidos, 86,2 mil unidades, foram SUVs: 45,8 mil do Pulse e 40,4 mil do Fastback, lançado um ano depois.
O segmento, assim, já é o segundo maior em volume de vendas da Fiat, perdendo apenas para o de picapes, que representou 36% do total de licenciamentos.
Não é pouco, absolutamente. Afinal, a marca alcançou no ano passado a condição de terceira mais vendida do segmento, com 11% de participação. Isso em pouco mais de dois anos apenas.
Contabilizados todos os licenciamentos desde que chegou ao mercado, em outubro de 2021, até dezembro último, o Pulse já ultrapassou 103 mil unidades vendidas. O irmão mais novo Fastback parece que seguirá trilha semelhante, já que superou 50 mil emplacamentos em apenas 15 meses.
Se a chegada do Fastback foi claramente positiva para a expansão da Fiat entre os SUVs, para o Pulse, em particular, talvez tenha representado uma representativa canibalização.
Em 2022, seu primeiro ano completo de vendas e com somente três meses do Fastback nas lojas, o modelo teve 50,5 mil emplacamentos e apareceu como o 6º SUV mais vendido do País.
Já em 2023, ficou somente na 9ª colocação, com os licenciamentos encolhendo praticamente 10% ante o ano anterior, enquanto o segmento avançou 13%, acima da média do mercado total. Na soma de Pulse e Fastback, porém, a Fiat vendeu 43% a mais na mesma comparação.
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Caso realmente a Fiat deseje, colocar o Pulse em posição mais elevada no ranking exigirá esforços comerciais e de marketing redobrados. Os principais concorrentes diretos venderam bem mais no ano passado, caso do líder Volkwagen T-Cross, com 72,4 mil licenciamentos, Chevrolet Tracker (66,6) e do Hyundai Creta (65,8 mil).
Fabricado em Betim, MG, o Pulse é exportado para outros doze países da América Latina e teve a honra de, alé de ser o primeiro SUV, da marca estrear o motor nacional turbo 200 flex, hoje presente em boa parte dos produtos Fiat fabricados aqui, assim como também em modelos nacionais da Citroën e Peugeot.
Foto: Divulgação
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