Com motor turbodiesel 2.2 de 180 cv, a nova Fiat Titano chega ao mercado brasileiro em três versões, com preços a partir de R$ 219.990 na de entrada, a Endurance. A intermediária Volcano parte de R$ 239.990 e a topo de linha, Ranch, de R$ 259.990.
Montada no Uruguai e desenvolvida no Brasil a partir da plataforma KP1, da chinesa Changan, a Titano concorre no segmento D de picapes, cuja líder há anos é a Toyota Hilux. Já chegaram ao País 320 unidades do modelo e suas vendas devem ser iniciadas em abril.
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Há risco de o lançamento público atrasar por causa da greve do Ibama que está impedindo a liberação dos veículos a combustão que chegam aos portos brasileiros, conforme adiantou o vice-presidente sênior de Operações Comerciais para o Brasil da Stellantis, Herlander Zola.
Apesar desta dificuldade pontual, o executivo revelou meta da Fiat de atingir entre 8% e 10% do segmento D de picapes, que pelos dados da Fenabrave totalizou 130 mil unidades no ano passado.
Após a apresentação da Titano em evento realizado na terça-feira, 12, na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, Zola estimou vendas próximas de 12 mil unidades/ano ou 1 mil/mês. Seriam perto de duas unidades vendidas por concessionária, considerando a rede de 520 pontos da marca italiana no Brasil, o que a montadora considera uma meta factível.
Se conseguir atingir tal volume, a nova picape da Fiat ficará atrás apenas da Hilux (46 mil unidades/ano), da Chevrolet S10 (26 mil) e da Ford Ranger (20 mil), emplacando mais do que Mitsubishi L 200, Nissan Frontier e VW Amarok.
Na avaliação de Alexandre Aquino, vice-presidente da marca Fiat, a Titano tem tudo para fazer história no mercado brasileiro: “É um carro espetacular, com nome forte, que chega para completar nosso portfólio de picapes. Ante a abrangência anterior de 67%, vamos cobrir agora 97% do segmento”.
O executivo lembrou que a Fiat tem 43% no volume total de emplacamentos de picapes no Brasil, com a Strada na liderança e a Toro na primeira colocação entre os modelos da faixa C. “É um mercado que vem crescendo nos últimos anos”, lembra Aquino. “Sua participação saltou de 13% em 2014 para 18% no ano passado”.
Com a Titano, a Fiat quer ampliar participação no mercado nacional, reforçando política de venda direta pra produtores rurais. A montadora acredita que o novo modelo vai tirar mais mercado dos concorrentes diretos do que da sua irmã Toro que, na avaliação de Zola, seguirá líder em seu segmento.
Para uma convivência pacífica dos dois modelos, a montadora reduziu em R$ 10 mil o preço das versões Freedom e Volcano da Toro. “Esses modelos já vinham sendo vendidos com um bônus nesse valor”, informou Zola. “Apenas incorporamos o desconto no preço oficial da tabela.”
A escolha da Chapada Guimarães para lançar a Titano não foi aleatória. No Mato Grosso as picapes têm participação de 27% no total dos emplacamentos de veículos leves. A maior fatia das vendas de picapes, contudo, concentra-se nas capitais, onde o índice chega a 35%.
De acordo com Pedro Silva, do marketing de produto, a Titano tem a maior caçamba da sua categoria, da ordem de 1.314 litros. A versão de entrada tem câmbio mecânico com seis marchas e as demais são equipadas com transmissão automática também com seis marchas.
Todas são 4×4 e incorporam três modos de direção. Será o primeiro produto Fiat com 5 anos de garantia no País. A Titano tem comprimento de 5.330 mm e largura de 1.963 mm (sem espelhos) ou 2.221 mm (com espelhos). Sua altura é de 1.858 mm (1.897 mm com barras longitudinais), a distância entre eixos é de 3.180 mm e altura mínima do solo de 235 mm.
Fotos: Divulgação/Fiat
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