Sob o risco de ter de interromper a produção de caminhões e ônibus em São Bernado do Campo (SP) por conta da tragédia no Rio Grande do Sul que, por óbvio, suspendeu as atividades de diversos fornecedores, a Scania decidiu importar peças da Europa.

“Os impactos foram diversos, desde funcionários de fornecedores que perderam tudo aos estoques comprometidos. Em um primeiro momento oferecemos ajuda e tomamos conhecimento da situação, mesmo porque há o fornecedor do fornecedor, de embalagem, tratamentos térmicos, por exemplo”, conta Adolpho Bastos, vice-presidente de Logística da Scania Operações Industriais. “A medida foi necessária e pontual.”

O executivo conta que 12% a 15% da rede de 274 fornecedores da Scania estão localizados na região Sul, em especial na Grande Porto Alegre, a mais afetada por alagamentos. “Também temos na parceiros na Serra Gaúcha, mas por lá as consequências impactaram na logística, no escoamento de peças.”

De acordo com Bastos, a produção dos fornecedores voltou, ainda que com alguma restrição, mesmo porque também há prejuízo social e emocional imenso. “É muito triste. Quem perdeu tudo tem muito mais a pensar a fazer do que ir trabalhar”, lamenta com a sensação e a torcida de que o pior tenha ficado para trás.


Foto: Scania/Divulgação

Décio Costa
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