Após nova manifestação do TRT, Tribunal Regional do Trabalho, da 9ª região, que em sessão especializada formada por 12 magistrados decidiu por unanimidade pela manutenção da liminar que confirma a ilegalidade e abusividade da greve iniciada em 7 de maio, os funcionários da empresa aprovaram o fim do movimento.

A informação foi divulgada pela Renault no final da tarde desta terça-feira, 4, revelando que a produção será retomada a partir das 5h40 da quarta-feira, 5. Foram 29 dias de greve com perda de 16.384 veículos no período.

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Com isso, a montadora retoma as negociações do acordo coletivo de trabalho, que havia abandonado em 27 de maio após o desembargador do TRT ter definido o movimento como ilegal e determinado o retorno imediato das atividades na fábrica de São José dos Pinhais, PR, o que não ocorreu na ocasião.

Dentre os pontos em negociação destaque para o valor da PLR, Participação nos Lucros e Resultados, que a Renault propõe ser de R$ 25 mil e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, SMC, reivindica ser de R$ 30 mil.

Também há impasse com relação ao reajuste salarial a partir de setembro que a montadora quer ter por base o INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor (previsto em 3,66%), e os metalúrgicos propõem esse porcentual mais o repasse do PIB de 2022, com aumento total próximo de 6%.

Também no centro dos debates a contratação de novos funcionários para evitar sobrecarga dos que operam nas linhas de montagem. O sindicato propõe que haja a criação de 300 postos de trabalho e a Renault vem se dispondo a abrir 50 vagas novas.

Por conta da greve, a Renault foi a que mais perdeu mercado em maio, ficando atrás da Nissan no ranking da Fenabrave das marcas mais vendidas no Brasil.

O movimento trabalhista prejudicou inclusive o deslanchar comercial do seu mais novo lançamento, o SUV Kardian, apresentado pela empresa como um novo marco na sua trajetória no mercado brasileiro.


 

Alzira Rodrigues
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