A Peugeot não esconde que vê o Novo 2008, apresentado na segunda-feira, 5, em Barra de São Antônio, AL, como o mais importante representante de sua história no Brasil desde o pioneiro 206, lançado há 25 anos.

O SUV compacto tem a nada modesta missão de trazer para a marca mais e novos consumidores e, com eles, estabelecer o início de uma curva ascendente de vendas no mercado brasileiro.

Fabricado na Argentina sobre a plataforma CMP, base também da novo 208, também a ser apresentado em breve, o modelo começa a ser vendido em três versões de acabamento — além da elétrica trazida da Europa — nesta quinta-feira, 7, por preços que partem de R$ 120 mil e chegam a R$ 150 mil.

Contudo, esses valores são promocionais, praticados durante a fase pré-venda, que se encerrará no fim de agosto. Fabiana Figueiredo, vice-presidente da marca Peugeot para América do Sul, porém, afirma que não há um limite do lote a ser vendido nesse período.

A executiva não revela quais serão os preços a partir de setembro, nem mesmo os objetivos traçados para as vendas do novo produto. Fato é que preferiu enfatizar a relevância do segmento de utilitários esportivos compactos, os B-SUV, o que, indiretamente, indica “a responsabilidade” e o papel comercial a ser desempenhado pelo 2008.

Se os utilitários esportivos respondem por 48% dos automóveis de passeio vendidos em 2024, os SUVs compactos contribuem com 69% dessa fatia, três vezes mais do que os 19% dos médios e 11% dos grandes. Na prática, portanto, de cada quatro automóveis vendidos no País de janeiro a julho, um foi SUV compacto.

A Peugeot vendeu 14,7 mil veículos nesse período — dos quais, 1,2 mil comerciais leves —, sendo pouco mais de 12,2 mil do 208, que vem sendo importado da Argentina desde 2020, quando a primeira geração deixou de ser fabricada em Porto Real, RJ, depois de sete anos.

O Novo 2008, portanto, representará quase que totalmente vendas adicionais para a marca, fundamentais para  elevar a posição da Peugeot no ranking de vendas do mercado brasileiro, hoje a 16ª apenas, e também em outros países da América do Sul, para onde o modelo começará a ser exportando ainda este ano.

Para isso, o novo SUV aposta sobretudo no desenho moderno e estilo sofisticado, um DNA dos utilitários esportivos Peugeot maiores, como o 3008. Na carroceria, linhas e detalhes atualizados como os adotados recentemente no 2008 europeu.

Destaques na dianteira para a assinatura luminosa de três garras verticais que acomodam as luzes DRL em LED e a avantajada grade frontal com o novo logotipo Peugeot. Na lateral, rodas de liga leve com desenho para lá de chamativo. A versão topo, GT, tem também teto bitom.

O novo Peugeot conta com um bom porta-malas de 419 litros e espaço interno generoso para cinco ocupantes. Dentro também salta aos olhos o já tradicional i-Cockpit, quadro de instrumentos digital — 2D nas versões de entrada e intermediária Active e Allure e 3D na GT —, multimídia com tela sensível ao toque e revestimentos de boa qualidade nos bancos, portas e no painel, neste caso com parcela sugerindo fibra de carbono

Peugeot

A lista de itens de conforto e comodidade é farta e inclui, dentre outros, ar condicionado digital, freio de estacionamento eletrônico, câmera e sensor de estacionamento traseiro na versão de entrada ou sistema de quatro câmeras nas superiores, que também dispõem de carregamento de smartphone por indução.

A GT é dotada ainda de série do Driver Assist, pacote de segurança que inclui alerta de ponto cego – disponível também para a Allure —, alerta de colisão, frenagem de emergência automática, auxílio de farol alto, reconhecimento de sinalização, detector de fadiga, piloto automático inteligente – exclusividade da versão elétrica — e alerta e correção de permanência em faixa.

LEIA MAIS

→ SUV elétrico da Peugeot chega ao mercado em agosto

→ Peugeot e Citroën estão em “dívida” com Antonio Filosa

Acabamento interno, detalhes externos e conteúdos de série são os diferenciais das três versões fabricadas na Argentina, já que sob o capô a solução técnica é a mesma e bastante conhecida dos brasileiros. O 2008 tem agora o motor três cilindros 1.0 turbo flex fabricado em Betim, MG, e presente em vários produtos do grupo Stellantis aqui.

Conhecido como Turbo 200, gera 130 cv de potência e torque máximo de 20,4 kgfm. Sempre atrelado ao também conhecido câmbio CVT que simula sete velocidades.


Foto: Divulgação

George Guimarães
ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!