Dados da Anef, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, confirmam as melhorias nas condições de crédito que vêm movimentando este ano as vendas no varejo do setor automotivo, conforme comentado pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, esta semana.

Um dos principais dados positivos é a queda da inadimplência, de 5,5% para 4,5%, redução de 1 ponto porcentual nas operações de CDC, Crédito Direto ao Consumidor, e de 2,4% para 0,8%, redução de 1,6 ponto porcentual, nas de leasing, conforme balanço relativo ao primeiro semestre deste ano.

LEIA MAIS

Julho confirmou aquecimento de vendas também no varejo

Montadoras têm melhor mês de produção desde 2019

Sobre a queda da inadimplência, o presidente da Anef, Paulo Noman, diz tratar-se de uma boa notícia: “Mais brasileiros estão conseguindo honrar seus compromissos, quando quase metade dos carros novos volta a ser financiada”.

Neste primeiro semestre, informa o executivo, o índice de carros financiados subiu para 49%, número mais alto desde 2020, quando estava em 52%. Compras à vista corresponderam por 47%, ante os 55% de 2023, e o consórcio se manteve estável com 4%.

No caso de caminhões e ônibus, as vendas financiadas ficaram em 35%, por meio do CDC, e a comercialização à vista em 30%. O Finame permaneceu em 31% e o consórcio em 4%. No caso das motos, as compras a prazo aumentaram de 37% para 38% e os negócios à vista subiram de 28% para 31%. O consórcio caiu de 35% para 31%.

Balanço dos valores

Foi liberado no primeiro semestre total de R$ 127,3 bilhões para financiamento de veículos, valor 33,2% superior ao registrado nos primeiros seis meses de 2023 (R$ 95,5 bilhões).

Só em CDC foram movimentados R$ 126,6 bilhões, enquanto o leasing limitou-se R$ 624 milhões, sendo que R$ 620 milhões foram financiados por pessoas jurídicas. O saldo total das carteiras apresentou um aumento de 15,7%, de R$ 389 bilhões para R$ 449,9 bilhões no comparativo interanual.

A taxa de juros anual se manteve praticamente estável na casa dos 20,96% e a mensal em 1,57%. “Os bancos de montadoras, pela natureza do negócio, são capazes de trabalhar de forma muito competitiva, com a realização de campanhas atraentes que oferecem aos seus clientes sempre as melhores taxas do mercado”, ressalta Noman.


Foto: Pixabay

ASSINE NOSSA NEWSLETTER GRATUITA

As melhores e mais recentes notícias da indústria automotiva direto no sua caixa de e-mail.

Não fazemos spam!