Com importações em alta de 5,6% principalmente por conta das compras crescentes na China, e exportações em queda de 18% no acumulado até julho, a indústria brasileira de autopeças registra desempenho negativo na balança comercial deste ano.

As vendas externas do setor acumularam US$ 4,4 bilhões nos primeiros sete meses do ano, ante total de US$ 5,3 bilhões no mesmo período de 2023. Houve alta de 16,9% em julho (US$ 648 milhões) sobre junho (US$ 554,5 milhões), o que pode ser parcialmente explicado pelo maior número de dias úteis no mês passado.

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Enxurrada de produtos chineses também nas autopeças

Com relação aos números do acumulado do ano, o Sindipeças avalia que a recuperação da produção e das vendas automotivas no mercado interno (5,3% e 13,2% até julho, respectivamente) e as dificuldades enfrentadas por mercados de interesse da indústria brasileira, como a Argentina, “explicam, ao que tudo indica, o que vem acontecendo com as vendas externas do setor”.

Na contramão desse movimento, as importações atingiram US$ 11,8 bilhões até julho, ante os US$ 11,2 bilhões de idêntico período do ano passado. Na comparação com junho, quando as compras no exterior alcançaram US$ 1,6 bilhão, o crescimento é de 17,8%, o que também pode ter por base os 23 dias úteis de julho ante os 20 do mês anterior.

“As constantes quedas das exportações e o persistente aumento das importações fizeram aumentar o saldo deficitário da balança comercial para US$ 7,4 bilhões até julho, variação de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 5,8 bilhões)”, destaca o Sindipeças em seu relatório mensal sobre o tema divulgado no site da entidade.


Foto: Divulgação/Fenatran

Alzira Rodrigues
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