Primeira mulher a assumir o cargo de diretora geral da fábrica de turbocompressores da BorgWarner em Itatiba, SP, Melissa Mattedi está entusiasmada com as oportunidades geradas pelo movimento de descarbonização no setor automotivo.
Com participação de 50% no total de automóveis equipados com motorização turbo flex que rodam no Brasil, a empresa vê grande potencial no mercado brasileiro de modelos híbridos flex, que têm sido a grande aposta das montadoras aqui instaladas.
“De 2021 para cá, quadruplicamos o volume e o faturamento com os turbos destinados aos veículos leves. Devemos atingir produção entre 570 mil a 580 mil unidades este ano e vamos continuar crescendo no ano que vem, com perspectiva de chegar a 600 mil unidades”, informou a executiva, que vem da área de finanças e está na fabricantes de turbo há 7 anos.
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No mercado de turbos leves, a BorgWarner começou fornecendo para a Volkswagen em 2015 e a partir de 2021 iniciou negócios com a Fiat, atendendo hoje todas as marcas da Stellantis. A diretora da fábrica de Itatiba não descarta a criação de um 3º turno no ano que vem para chegar âs 600 mil unidades previstas.
Melissa lembra que os modelos 100% elétricos não têm turbocompressores, o que já não ocorre no caso dos híbridos, que devem gerar demanda crescente pelo componente no Brasil.
“Vemos um caminho longo e positivo no caso do turbo para híbrido flex. Seu desenvolvimento é feito em parceria com as montadoras, de acordo com cada modelo. É um mercado muito promissor”, previu a diretora da fábrica de Itatiba.
Vale lembrar que as duas parceiras da empresa, a Stellantis e a Volkswagen, já anunciaram lançamentos do gênero, no caso da primeira ainda neste ano, provavelmente um híbrido flex da Jeep. Do faturamento da BorgWarner, 75% são provenientes dos turbocompressores, incluindo leves e pesados.
Fotos: Divlugação/Borgwarner
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