Apesar de ser o segmento de menor volume, os seminovos são os que estão registrando melhor desempenho este ano. Suas vendas cresceram 13% no acumulado de janeiro a setembro, de 1,66 milhão de unidades para 1,87 milhão.
Em setembro, os modelos com até 3 anos de usado totalizaram 198,3 mil unidades, pequeno recuo de 2,9% sobre agosto, que teve um dia útil a mais. Os demais segmentos, nesse mesmo comparativo, sofreram quedas na faixa de 6% a 6,5%, com um índice médio de 5,9% no mês passado.
LEIA MAIS
→Setembro teve 222,1 mil licenciamentos, 19% a mais do que um ano antes
→Salão do Automóvel será em novembro de 2025 no Anhembi
No ano, foram negociados 11,6 milhões de veículos usados, incluindo leves, pesados e motos, alta de 9% sobre total de 10,6 milhões de idêntico período de 2023.
Conforme levantamento da Fenauto, a entidade que representa os lojistas independentes, três outros segmento compõem o mercado de usados: o de usados jovens, com 4 a 8 anos de uso e 2,94 milhões de unidades comercializadas em 2024, o de usados maduros (9 a 12 anos), com 2,652 milhões, e os velhinhos (13 e +), o de maior volume, com 4,14 milhões de vendas este ano, expansão de 12,5%.
A oscilação de setembro sobre agosto não preocupa o presidente da Fenauto, Enilson Sales, que mantém expectativa de negócios próxima de 15,5 milhões de veículos usados até o final do ano.
“Tivemos um primeiro turno nas eleições municipais e em muitas localidades ainda teremos o segundo turno, o que pode trazer variações nos números de outubro. Mas, como já assinalamos, os últimos meses do ano sempre são melhores para o comércio, em função da injeção de recursos como o 13º e as promoções de vendas. Com isso, esperamos atingir a meta pré-estabelecida para o ano”.
Também a Fenabrave divulgou nesta quarta-feira, 9, balanço do mercado de usados. Para o presidente da entidade, José Maurício Andreta Jr., o menor número de dias úteis de stembro explica a pequena retração.
“Temos, contudo, uma alta significativa no acumulado do ano para a maior parte dos segmentos e esse movimento continua sendo alavancado pelo bom momento do mercado de veículos novos, em que os usados entram na negociação, como parte do pagamento”, avalia Andreta Jr.
No segmento específico de automóveis e comerciais leves, o acumulado dos nove meses indica crescimento de 9,2% sobre o mesmo período do ano passado. Os seminovos representaram 11,4% das transações totais com veículos leves no ano.
Foto: Pixabay