Assim como acontece no caso dos carros e das autopeças, também a indústria brasileira de pneus vive movimento de queda nas exportaçẽos e alta nas importações, principalmente as provenientes da Ásia. Até setembro, a compra de 42,7 milhões de pneus no exterior supera a venda da indústria nacional, que foi de 38,1 milhões.
Um quadro que gerou uma série de ações da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, em prol do aumento do Imposto de Importação, o que acabou sendo aprovado pela Camex apenas para modelos de carros de passeio – que passou de 16% para 25% -, sem contemplar os pesados.
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O resultado é um déficit na balança comercial deste ano da ordem de US$ 729,2 milhões, superior em 67,6% ao dos primeiros nove meses de 2023, que foi de R$ 435 milhões.
As importações atingiram US$ 1,5 bilhão até setembro, equivalentes a 42,7 milhões de unidades, com altas de, respectivamente, 15,1% e 23% sobre idêntico período do ano passado, quando chegaram a US$ 1,3 bilhão e 34,7 milhões de unidades.
Em contrapartida, as exportações sofreram quedas de 11,3% e 6,6% no mesmo comparativo, com US$ 770 milhões em nove meses e 8,4 milhões de unidades comercializadas este ano.
Vendas da indústria
Divulgado nesta sexta-feira, 25, pela Anip, o balanço mostra queda de 5,8% nas vendas internas da indústria brasileira nos nove primeiros meses do ano, com 38,15 milhões de unidades comercializadas, ante às 40,51 milhões do mesmo período do ano passado.
A venda para montadoras caiu 7,4% (passando de 10,40 milhões para 9,63 milhões de pneus), enquanto o mercado de reposição recuou 5,3% (de 30,11 milhões para 28,52 milhões).
No caso dos pneus de passeio o recuo foi de 8,9%, saindo de 20,84 milhões de unidades vendidas em 2023 para 19,01 milhões de janeiro a setembro deste ano. As vendas para montadoras recuaram 2,7% (5,95 milhões para 5,79 milhões) e o mercado de reposição teve decréscimo de 11,3% (14,89 milhões para 13,20 milhões).
Já os negócios relativos aos pneus para veículos de carga cresceram 4,3% no comparativo com o mesmo período de 2023, subindo de 4,9 milhões de unidades vendidas para 5,1 milhões. Houve alta de 20,8% no fornecimento para montadoras, que saltou de 1,15 milhão para 1,39 milhão.
Já o mercado de reposição de pesados recuou 0,8%, sendo 3,73 milhões em 2023 ante 3,70 milhões de janeiro a setembro deste ano.
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